André Ventura culpa Presidente da República pelo "pântano" político e não se compromete em aprovar o OE

"Arriscamo-nos a ter um dos Governos mais curtos da história", sinaliza o presidente do Chega.

03 de abril de 2024 às 17:23
André Ventura Foto: António Pedro Santos/ Lusa
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André Ventura culpou esta quarta-feira o Presidente da República pelo "pântano" político e não se comprometeu em aprovar o Orçamento do Estado.

"Hoje [esta quarta-feira] ouvimos o PS dizer que não quer dialogar com o PSD", apontou o presidente do Chega em reação ao discurso do secretário-geral socialista.

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Com o Chega e o PS a não se comprometerem com a aprovação do Orçamento do Estado, "arriscamo-nos a ter um dos Governos mais curtos da história", sinalizou.

O partido "sente-se absolutamente desobrigado de viabilizar qualquer instrumento de governo da AD, porque durante semanas o Chega disse que estava disponível para um acordo sustentável de governo a quatro anos".

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"Isto cria um cenário à política portuguesa absolutamente inacreditável", de um Governo que "insiste em não construir nenhuma maioria", criticou, referindo que se trata de "um pântano absoluto". 

"Parece que a AD quer provocar uma crise política rapidamente para poder ter uma qualquer maioria que sonham na cabeça deles que é possível ter", criticou, acusando Montenegro de "amadorismo".

Ventura defendeu ainda que Marcelo Rebelo de Sousa "é um dos responsáveis" por esta situação, "porque não promoveu políticas de entendimentos que eram fundamentais e qualquer Presidente da República promoveria em circunstâncias idênticas".

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O líder do Chega apelou também ao Governo que "avance rapidamente" com a apresentação de um Orçamento retificativo porque "aparentemente há consenso em algumas matérias" como o combate à corrupção, a recuperação do tempo de serviço dos docentes, a valorização das carreiras da administração pública, o alargamento a outras forças de segurança do suplemento atribuído à Polícia Judiciária ou a descida de impostos.

André Ventura disse querer "evitar que medidas tão importantes como estas fiquem pelo caminho nesta legislatura".

"Podemos comprometer um Orçamento retificativo que seja apresentado nos próximos dias ou semanas, a seguir ao 25 de Abril. O Chega não se comprometerá com o Orçamento do Estado, porque essa é a grande macropolítica do Governo que insistiu em não ter nenhum acordo com o Chega", afirmou.

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Esta quarta-feira, Pedro Nuno Santos reforçou ser "praticamente impossível" aprovar o Orçamento do Estado. "A AD não pode achar que o PS está obrigado a suportar o Governo. Não está nem vai estar", vincou o secretário-geral socialista. ocialista.

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