André Ventura diz que o Chega é o primeiro partido em quase 40 anos que "desafia" o PS e o PSD
Líder do Chega prometeu como primeira medida equiparar suplemento atribuído às forças de segurança.
André Ventura disse esta segunda-feira que o Chega é o primeiro partido em quase 40 anos que "desafia" o PS e o PSD. Em entrevista à CMTV, o presidente do Chega referiu que as "pessoas estão fartas da casta que domina a política portuguesa" e que está "preparado para governar e para vencer".
Para Ventura, a vitória é possível, embora improvável. "Se me perguntar se é provável que o Chega vença, direi que é óbvio que não. Mas há 50 anos que ninguém vence ser o PS e o PSD. Penso que seja a primeira vez, desde 1987, pelo menos, que há um partido que desafia a força destes dois", salientou.
André Ventura: "Estamos preparados para vencer"
As sondagens apontam para um terceiro lugar para o Chega, mas André Ventura revela-se confiante para um cenário ainda mais favorável. "É possível. Estamos preparados para vencer", destacou.
O líder do Chega prometeu, como primeira medida a implementar caso o Chega vença, equiparar o suplemento atribuído à PJ às outras forças de segurança, que há um mês protestam e apelam por melhores condições laborais e salariais.
Coligação com o PSD
Sobre uma coligação de direita, Ventura destacou a "irresponsabilidade" de Luís Montenegro, que não revelou interesse em formar alianças com o Chega.
Confrontado com as críticas duras tecidas pelo social-democrata, o líder do Chega afirmou que não tenciona "vender votos" e classificou o PSD como "a muleta do PS".
A Promessa de uma alternativa
"Se nos derem uma oportunidade vão ver como o País entra nos eixos", disse, garantindo ser a alternativa que o País precisa.
Como principais focos do partido, Ventura destacou o combate à corrupção, o crescimento económico e o proporcionar de melhores condições aos portugueses.
CMTV entrevista líderes partidários
O primeiro a ser entrevistado foi Paulo Raimundo, do PCP, que, entre outras propostas, na segunda-feira, defendeu a redução das taxas e comissões cobradas pelos bancos.Já Rui Tavares, do Livre, esclareceu que para Portugal seria "melhor uma maioria plural à esquerda".Pedro Nuno Santos, do PS, foi taxativo a dizer que "é mau para a democracia ter o PS e o PSD comprometidos com a mesma governação".Inês Sousa Real lançou ataques a Mariana Mortágua e criticou oposição do ex-deputado do próprio partido, André Silva.Mariana Mortágua referiu que o imposto sobre fortunas é "questão de justiça" e que o balanço do Governo socialista é "negativo".O presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, falou sobre a privatização da TAP, o interesse na pasta das Infraestruturas e vontade de derrubar o socialismo.A data para a entrevista a Luís Montenegro (Aliança Democrática) ainda está por definir.
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