António Costa garante "esforço comum" na negociação do Orçamento do Estado
Avanço no novo apoio social e nas questões laborais, mas Novo Banco é problemático.
O primeiro-ministro admitiu esta quinta-feira em Bruxelas que as negociações do Orçamento do Estado decorrem “no bom sentido” e que há “esforço comum para que haja entendimento” à esquerda.
“As negociações que têm estado a existir não estão concluídas, mas têm estado a correr no bom sentido e num esforço comum para que haja entendimento relativamente à viabilização do Orçamento”, disse António Costa antes do Conselho Europeu.
Segundo apurou o CM, nos últimos dias os encontros entre o Executivo, PCP e BE têm permitido avançar em alguns pontos mais sensíveis, estando quase certa a criação de nova prestação social exigida por PCP e BE. Também nas questões laborais tem havido alguma margem do Executivo para, por exemplo, limitar os despedimentos no caso das empresas com apoios públicos e para mexidas na contratação coletiva. Num blogue do próprio PS, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, afirmou que as medidas acordadas “se traduzirão necessariamente em compromissos escritos”. Mas avisou: “Se a esquerda não viabilizar este caminho vamos ter de perceber que condições temos para prosseguir”.
Esta quinta-feira, em Lisboa, a líder bloquista Catarina Martins pediu ao Executivo “mais concretização” e menos “jogo político.
PSD atira aprovação para Bloco e PCP
“O Governo e o PS têm a obrigação de encontrar uma solução com os seus parceiros, apresentando uma proposta de Orçamento que seja viável, construtiva e que seja aprovada”. A afirmação é do líder parlamentar do PSD, Adão Silva, que recordou as palavras de António Costa – “no dia em que o Governo precisar do PSD para subsistir, cai?” – para rejeitar responsabilidades numa eventual crise política. “O PSD assiste tranquilamente a que o Orçamento apareça”, frisou Adão Silva à TSF.
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