António José Seguro diz que não há razões para a lentidão da justiça portuguesa
Candidato à Presidência apelou a que se encontrem "soluções" para que a justiça se faça "no tempo certo".
O candidato presidencial António José Seguro defendeu esta quarta-feira que o Estado tem de ser eficiente nas investigações e implacável com quem comete crimes e considerou não haver razões para a lentidão da justiça portuguesa.
"Nós temos que encontrar soluções com os operadores para que a justiça se faça no tempo certo, porque uma justiça que é lenta muitas das vezes não faz justiça", disse António José Seguro ao ser confrontado, no Montijo, com as buscas efetuadas na TAP, no âmbito de uma investigação que também envolve o Grupo Barraqueiro e a Parpública, por alegados crimes na privatização da companhia concluída em 2015.
"Portugal é um Estado de direito e, em todos os momentos, tem de ser eficiente nas suas investigações e ser implacável com quem comete crimes", acrescentou o candidato presidencial, que falava aos jornalistas durante uma visita á Base Aérea do Montijo, no distrito de Setúbal.
Se for eleito Presidente da República, António José Seguro promete estar atento aos problemas da justiça, que considerou ser demasiado lenta, mas tendo em conta que "há um princípio de separação de poderes que é uma matriz do Estado de direito em Portugal".
"Temos de encontrar soluções com os operadores de justiça para que ela se faça no tempo certo, porque uma justiça que é lenta muitas das vezes não faz justiça", frisou.
"Não há razões para tanta lentidão e para tanto atraso em muitos processos de justiça. E não são só aqueles [processos] que são mais visíveis. Eu recordo que muitas empresas e a nossa economia ficam muito prejudicadas com pendências em Supremos Tribunais Administrativos ou em Tribunais Fiscais, o que dificulta a atividade económica. O nosso país precisa é de crescimento, precisa é de riqueza", defendeu.
Questionado sobre a detenção de duas funcionárias do Ministério da Saúde suspeitas de terem inscreveram milhares de imigrantes irregularmente no Serviço Nacional de Saúde, António José Seguro deixou claro que é "contra a imigração ilegal".
"Eu sou contra a imigração ilegal e, portanto, fico satisfeito que o Estado português atue para punir as pessoas que fazem e cometem esse crime. Nós precisamos de imigração organizada, de imigração legal, porque são esses imigrantes que ajudam ao desenvolvimento da nossa economia e à sustentabilidade da Segurança Social", disse.
António José Seguro justificou ainda a visita efetuada esta quarta-feira à Base Aérea do Montijo com a importância das Forças Armadas, que considerou serem "um pilar da democracia e da nossa soberania" que une todos os portugueses.
"Quero expressar o meu respeito e, sobretudo, o meu agradecimento e reconhecimento pelas mulheres e os homens que servem nas Forças Armadas, em particular na Força Aérea", disse o candidato, que destacou o trabalho social e o serviço prestado às populações pela esquadra de busca e salvamento do Montijo, que já salvou 5.252 vidas.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt