Augusto Santos Silva acusa Rui Rio de "lógica populista"

Avisa PSD para não cair na obsessão da justiça e dos “enxovais” ataque.

01 de novembro de 2019 às 09:29
Augusto Santos Silva foi o ministro escolhido por Costa para encerrar o debate Foto: Tiago Petinga/Lusa
Rui Rio afirmou que não quer seguir uma política do “bota-abaixo” Foto: Tiago Petinga/Lusa
Catarina Martins lidera o BE Foto: Tiago Petinga/Lusa
Jerónimo de Sousa falou pelo PCP Foto: João Cortesão
Inês Sousa Real representa PAN Foto: João Cortesão
Cecília Meireles falou pelo CDS Foto: Tiago Petinga/Lusa
José Luís Ferreira do PEV Foto: Tiago Petinga/Lusa
Joacine Katar Moreira do Livre Foto: João Cortesão
Cotrim de Figueiredo falou pelo IL Foto: João Cortesão
André Ventura lidera o Chega Foto: Tiago Petinga/Lusa
André Ventura lidera o Chega Foto: Manuel de Almeida/Lusa

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O Governo tomou as rédeas do confronto com o PSD e somou pontos no segundo e último dia do debate do programa do Governo, esta quinta-feira, na Assembleia da República.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, acusou o líder do PSD, Rui Rio, de "alimentar a lógica populista", com a "obsessão em diminuir regras e instituições editoriais", desrespeitando a independência, referindo-se ao momento em que Rio acusou a RTP de favorecer o Executivo.

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Menos original nas críticas, o líder do PSD voltou a assinalar que "um Governo grande não é sinónimo de um grande Governo". "Com 70 membros, o novo Governo forma seis equipas de futebol e ainda lhe sobram quatro suplentes", ironizou. Apesar de não querer seguir a política do "bota-abaixo", um recado para dentro do seu próprio partido, Rio atirou: "Os serviços públicos e a Saúde, em particular, são as nódoas mais escuras da governação socialista".

"As palavras doces que este programa contém chocam com a realidade de quatro negros anos de degradação dos nossos serviços públicos", rematou.

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Para o líder do PSD a probabilidade de o programa do Governo ter sucesso é o mesmo que "acertar na lotaria do Natal" e "seja num simples namoro ocasional de apenas um ou dois anos, numa união de facto mais ou menos assumida ou num casamento sólido e duradouro", o "enxoval" do Governo terá de ter como contrapartida "a felicidade desta exigente noiva", referindo-se às bancadas da esquerda parlamentar.

Santos Silva, o ministro escolhido por Costa para encerrar o debate no parlamento, rejeitou as conceções do passado sobre política baseadas em "noivas e enxovais, com uma tia a vigiar". E aproveitou para denunciar "a indiferença" de Rio sobre o aumento do salário mínimo nacional para os 750 euros em 2023, quando o líder do PSD disse que a proposta lhe parecia "arrojada".

O frente a frente no arranque da legislatura não descarta, porém, acordos de regime do bloco central . "É sabido que o PSD tem assumido uma posição europeísta que" a líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes espera que não abandone, pois é mais próxima da que defende o PS, afirmou.

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Rio também admite que "poderá concordar com algumas intenções expressas no programa do Governo", contudo "só na proposta de orçamento é que se perceberão as opções da ação governativa".

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Logo a seguir, e ainda antes do fim do ano, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou que irá receber os partidos com assento parlamentar e os parceiros sociais. A votação do documento "irá concluir-se no próximo ano", segundo o Chefe de Estado .

O primeiro debate quinzenal com o primeiro-ministro desta legislatura vai realizar-se na próxima semana, dia 13 de novembro e o segundo no dia 28, de acordo com a reunião desta quinta-feira da conferência de líderes que se realizou logo após debate do programa do Governo.

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