BE admite divergência com Centeno na Caixa, mas evita "tiro ao alvo"

Mariana Mortágua insistiu que "o BE não aceita o estatuto da exceção da gestão da Caixa".

15 de fevereiro de 2017 às 12:28
PSD, Jorge Moreira da Silva, BE, Mariana Mortágua, Governo PS, PS, Governo, política, Orçamento do Estado, partidos e movimentos, economia, negócios e finanças Foto: Alexandre Azevedo / Sábado
Mariana Mortágua Foto: Miguel A. Lopes/Lusa
Bloco de Esquerda, Imposto Municipal, BE, Mariana Mortágua, Campolide, Alvito, Beja, Lisboa Foto: CMTV
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Mariana Mortágua, deputada do BE, afirmou no Parlamento que há divergências entre os bloquistas e o ministro das Finanças sobre o "estatuto de exceção" criado para a CGD, com a alteração ao Estatuto do Gestor Público. "Mas esta divergência política não justifica um processo de tiro ao alvo e de chicana política que só fragiliza a Caixa".

"A direita tem estado obsessivamente empenhada em criar casos, casinhos, novelas e folhetins que sirvam os seus próprios interesses", frisou Mariana Mortágua durnate a audição de Mário Centeno na comissão de Orçamento e Finanças.

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A deputada bloquista insistiu que "o BE não aceita o estatuto da exceção da gestão da Caixa". "Foi por isso que votámos na Assembleia da República pela obrigatoriedade da entrega da declaração da anterior gestão", recordou. "Esta divergência política teve e terá consequências práticas sempre que o Bloco for chamado a decidir", avisou.

Mariana Mortágua disse ainda a Centeno que "o problema não está no que supostamente disse com uma administrador", aludiando às garantias dadas pelo ministro das Finanças a António Domingues e às SMS trocadas com o banqueiro. "O problema está no que o Governo fez. E o que o Governo fez foi criar um regime de exceção. Criou um problema mais grave que é a visão de uma gestão privatizada da Caixa."

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Não foi só sobre a CGD que Mariana Mortágua mostrou discordâncias com o ministro das Finanças e com o Executivo. A deputada do BE lembrou que não deve ser motivo de orgulho um défice de 2,1% em 2016, porque isso significa que Portugal está nove décimas abaixo dos limites impostos pelo pacto de estabilidade.

"Isso significa que há 1674 milhões de euros que poderiam estar a ser gastos a contratar auxiliares para as escolas, médicos para o SNS, a investir no sistema de transportes, a investir nas carreiras da função pública que estão congeladas há anos, a desagravar impostos."

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