Câmara do Seixal pede reunião à E-Redes por causa de cortes de energia em Fernão Ferro
Cortes de energia têm causado transtornos à população e serviços locais.
A Câmara do Seixal solicitou uma reunião urgente à empresa E-Redes sobre sucessivos cortes de energia na freguesia de Fernão Ferro, nas últimas semanas, que causam transtornos à população e serviços locais, informou, esta terça-feira, a autarquia.
Em comunicado, a câmara do distrito de Setúbal adianta que "enviou um pedido de esclarecimento à empresa E-Redes relativamente aos sucessivos cortes no fornecimento de energia elétrica que se têm verificado na freguesia de Fernão Ferro nas últimas semanas".
"Estas interrupções, sem aviso prévio, têm sido praticamente diárias, causando inúmeros transtornos à população, ao comércio local, às instituições e aos serviços públicos", acrescenta o município da margem sul do Tejo, que integra a Área Metropolitana de Lisboa.
O presidente da autarquia, Paulo Silva (CDU), citado na nota, salienta que as falhas de energia privam a população "de um bem essencial, como é a eletricidade, afetando de forma muito significativa o normal funcionamento da atividade económica e o bem-estar dos munícipes".
A câmara considera "inadmissível a situação que se tem vindo a verificar e, face à gravidade" e à sua "recorrência, solicitou à E-Redes uma reunião com caráter de urgência, de modo a serem esclarecidas as causas concretas que estão na origem dos cortes de energia elétrica".
A autarquia pretende esclarecer se os cortes se devem a "avarias pontuais, intervenções programadas, limitações da rede ou outras razões técnicas", e ainda "se existe um plano de intervenção ou reforço da rede elétrica para a freguesia de Fernão Ferro, bem como os respetivos prazos previsíveis de execução".
Segundo fonte oficial do município, os cortes ocorrem em vários locais da freguesia, mas "a maioria são no Pinhal do General".
Questionada pela Lusa, fonte oficial da E-Redes explicou que "o Pinhal do General é uma Área Urbana de Génese Ilegal [AUGI], e necessita da construção de infraestruturas próprias", pois "recentemente a área tem tido um crescimento muito acentuado, o que está na provável origem da sobrecarga da rede".
"Nos últimos dias, a E-Redes teve registo de algumas reclamações e está nesta altura a aguardar a construção da solução técnica definitiva por parte da AUGI, para a qual já existe projeto e autorização da autarquia, para a construção de um posto de transformação", acrescentou a fonte da operadora da rede de distribuição de energia elétrica.
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