Carneiro diz que embaixadora em Israel terá feito tudo para proteger os portugueses detidos

Segundo o secretário-geral do PS, "há outras dimensões que merecem acompanhamento de natureza política" e este acontecerá "no momento e no local próprio".

04 de outubro de 2025 às 20:49
José Luís Carneiro Foto: José Sena Goulão/Lusa
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O líder do PS considerou este sábado que a embaixadora em Israel terá "feito tudo o que estava ao seu alcance" para proteger a vida dos portugueses detidos, remetendo para um "momento próprio" o acompanhamento das dimensões políticas deste caso.

"A Helena Paiva, a nossa embaixadora em Israel, é uma personalidade, uma mulher de grande valor diplomático e sei bem que ela terá feito tudo o que estava ao seu alcance para proteger a vida das pessoas", respondeu José Luís Carneiro aos jornalistas à chegada a uma ação de campanha na Lourinhã, no distrito de Lisboa, quando questionado sobre a situação dos portugueses detidos em Israel.

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Segundo o secretário-geral do PS, "há outras dimensões que merecem acompanhamento de natureza política" e este acontecerá "no momento e no local próprio".

"Não acredito que haja desvalorização desde logo por parte dos funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Os nossos embaixadores, os nossos cônsules são uma estrutura diplomática das melhores que há no mundo", respondeu, ao ser questionado sobre o posicionamento do Governo.

Carneiro lembrou que tutelou os serviços consulares quando era secretário de Estado das Comunidades e sabe "como os cônsules e os embaixadores dão o melhor de si para salvaguardar e proteger a vida das pessoas no estrangeiro".

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"Portanto, em primeiro lugar, [há uma] estrutura diplomática que, independentemente dos Governos, cumpre as orientações políticas de forma muito zelosa e muito dedicada", elogiou.

Já sobre a falha de procedimento a nível interno, dos Negócios Estrangeiros, sobre aviões norte-americanos F-35 com destino a Israel que passaram pela base das Lajes, nos Açores, o líder do PS disse não ter nada a acrescentar porque este é "o tempo do parlamento".

"O grupo parlamentar fará o pedido de audição, os outros partidos também querem realizar essa audição aos dois ministros, dos Negócios Estrangeiros e Defesa. Vamos agora aguardar pelo tempo do parlamento, que é lá que se vai realizar essa mesma audição", disse apenas.

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A falha, de acordo com o Governo, não permitiu que houvesse um alerta para um nível político que possibilitasse a tomada de uma decisão de oposição.

PS, PCP e Livre já anunciaram que vão chamar ao parlamento o chefe da diplomacia, Paulo Rangel, e também o ministro da Defesa, Nuno Melo, cuja demissão foi pedida pelo Bloco de Esquerda e recusada pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.

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