Carneiro diz que Montenegro tem 1 ano para mostrar o que vale e vai insistir nas pensões
Segundo o secretário-geral do PS, "a abstenção enquanto contributo para a estabilidade política do país tem o prazo de validade de um ano".
O líder do PS defendeu esta segunda-feira que o primeiro-ministro tem um ano "para mostrar o que vale" depois da abstenção socialista no orçamento, adiantando que vai insistir na especialidade na proposta de aumento permanente das pensões mais baixas.
"O primeiro-ministro tem um ano para mostrar aquilo que vale (...) e foi isso que o Partido Socialista lhe quis dizer com a abstenção", afirmou aos jornalistas José Luís Carneiro à chegada para uma sessão na FAUL do PS para discutir o Orçamento do Estado para 2026 (OE2026).
Segundo o secretário-geral do PS, "a abstenção enquanto contributo para a estabilidade política do país tem o prazo de validade de um ano" porque o Governo "agora vai ter de demonstrar" se "é capaz de responder às necessidades urgentes que enfrenta o país".
Questionado pelos jornalistas sobre o que fará o PS depois de, no debate que decorreu esta segunda-feira no parlamento, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, ter recusado a proposta feita pelo PS para aumentar permanentemente as pensões mais baixas, Carneiro adiantou que os socialistas vão insistir nesta medida na especialidade do OE2026.
"Vamos apresentar as propostas procurando garantir aqueles pressupostos que referi no Parlamento, ou seja, por um lado, garantir a estabilidade das contas públicas, garantir o compromisso de manter a sustentabilidade da estrutura financeira da Segurança Social e garantir que não há um aumento da despesa líquida estrutural do Estado", adiantou.
De acordo com o líder do PS, isto faz-se através de uma "transferência do Orçamento do Estado para garantir esse aumento", em caso de haver, como o PS está convicto que vai acontecer, "um aumento, além daquilo que está previsto, do saldo da Segurança Social".
Carneiro adiantou ainda que a proposta do PS vai prever ainda que, "em caso de crise do ponto de vista das previsões do Governo", seja com um ponto do IRC que se consiga "garantir, no que respeita a 2027, os 400 milhões de euros que suportarão o aumento dessas pensões".
"Portanto, essa é a proposta muito responsável, que vai ser feita por parte do Partido Socialista, assim como outras, à luz daquilo que foram as propostas que apresentei", acrescentou.
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