Carneiro quer Lisboa ambiciosa que se oponha à "cidade de resignação" de Moedas

Carneiro afirmou que o atual executivo municipal não se "pode queixar da atitude" dos vereadores ou deputados eleitos pelo PS.

19 de setembro de 2025 às 20:36
José Luís Carneiro Foto: MIGUEL A. LOPES/Lusa
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O secretário-geral do PS disse esta sexta-feira, na apresentação do programa eleitoral socialista para Lisboa, que quer uma capital de "ambição" que se oponha ao que diz ser a "cidade de resignação" do atual presidente da Câmara, Carlos Moedas (PSD).

Num discurso na sessão de apresentação do programa eleitoral da coligação autárquica "Viver Lisboa" (PS, Livre, BE e PAN), na freguesia de São Domingos de Benfica, José Luís Carneiro garantiu que a candidatura encabeçada pela socialista Alexandra Leitão ambiciona uma Lisboa "aberta ao mundo", cosmopolita e que "assuma as suas responsabilidades" não só nos momentos fáceis, mas também quando são "difíceis de entender".

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"É essa cidade que idealizamos e que se concretiza em cada dia com as propostas políticas que aqui estamos a apresentar. Essa é a cidade de ambição que se opõe a uma cidade de resignação que hoje é interpretada pelo atual presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Ambição em alternativa à resignação", acrescentou.

Para o líder socialista, "está tudo explicado sobre os quatros anos perdidos em Lisboa" com Carlos Moedas à frente da autarquia, quando a sua "principal proposta política e mais importante preocupação continua a ser resolver um problema tão básico como a recolha do lixo".

Carneiro afirmou que o atual executivo municipal não se "pode queixar da atitude" dos vereadores ou deputados eleitos pelo PS, porque, acrescentou, "desde a primeira hora ao último minuto do mandato mostraram um grande sentido de responsabilidade em todos momentos difíceis desta cidade".

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O secretário-geral do PS defendeu também a necessidade de Lisboa ser uma cidade "menos agressiva" do "ponto de vista das condições de vida", afirmando que embora "haja uma cultura de compreensão e entendimento", por exemplo, nos transportes públicos as pessoas sentem "uma agressividade da própria cidade".

"Para quem percorre a pé só obstáculos no espaço público. Eu pergunto muitas vezes como é que as pessoas com mais idade, com dificuldades de locomoção, podem caminhar em segurança. O ruído da própria cidade. É uma agressividade que efetivamente tem efeitos na nossa saúde pública, tem efeitos na vida e na qualidade de vida das pessoas", apontou.

Carneiro disse ainda ver em Alexandra Leitão as qualidades humanas, cívicas, técnicas e profissionais para ser a primeira mulher presidente da autarquia lisboeta e para permitir que se possa "voltar a cantar 'cheira bem, cheira a Lisboa'".

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