Cavaco força Passos no Governo
Presidente da República fecha portas a Executivo de esquerda.
O Chefe de Estado serviu-se do passado para justificar que "nos 40 anos de democracia a responsabilidade de formar governo foi sempre atribuída a quem ganhou as eleições" e que "nunca os governos de Portugal dependeram do apoio de forças políticas antieuropeístas", numa alusão ao PCP e BE. Além disso, Cavaco reiterou que "a observância dos compromissos assumidos no quadro da Zona Euro é decisiva para o financiamento da economia". "Este é o pior momento para alterar radicalmente os fundamentos do nosso regime democrático, de uma forma que não corresponde sequer à vontade democrática expressa pelos portugueses nas eleições", argumentou. Dramatizando o cenário de um governo liderado pelo PS com o apoio parlamentar do PCP e BE, o Presidente fez ainda questão de dizer que é seu "dever tudo fazer para impedir que sejam transmitidos sinais errados às instituições financeiras, investidores e mercados". "Se o Governo formado pela coligação vencedora pode não assegurar inteiramente a estabilidade política de que o País precisa, considero serem muito mais graves as consequências financeiras, económicas e sociais de uma alternativa claramente inconsistente sugerida por outras forças políticas", enfatizou Cavaco. Duas afirmações que foram entendidas por elementos do PSD e do PS como um sinal de que poderá optar por um governo de gestão caso a oposição derrube o Executivo de Passos.
Dramatizando o cenário de um governo liderado pelo PS com o apoio parlamentar do PCP e BE, o Presidente fez ainda questão de dizer que é seu "dever tudo fazer para impedir que sejam transmitidos sinais errados às instituições financeiras, investidores e mercados". "Se o Governo formado pela coligação vencedora pode não assegurar inteiramente a estabilidade política de que o País precisa, considero serem muito mais graves as consequências financeiras, económicas e sociais de uma alternativa claramente inconsistente sugerida por outras forças políticas", enfatizou Cavaco. Duas afirmações que foram entendidas por elementos do PSD e do PS como um sinal de que poderá optar por um governo de gestão caso a oposição derrube o Executivo de Passos.
O deputado socialista João Soares lamentou que o Presidente da República tenha indigitado o líder do PSD como primeiro-ministro, numa decisão que faz o país "perder tempo" porque "inevitavelmente" Passos Coelho vai ser derrubado no parlamento.
O vice-presidente do CDS-PP Nuno Melo considerou que "indigitar quem venceu é um ato normal em democracia e optar por quem perdeu é que seria estranho", realçando que a responsabilidade é agora dos deputados.
O líder parlamentar do BE acusou esta quinta-feira o Presidente da República de tentar salvar as vidas políticas de Passos Coelho e Paulo Portas.
O líder parlamentar do PCP afirmou que a decisão do Presidente da República de voltar a indigitar Passos Coelho como primeiro-ministro "traduz uma postura de confronto e desrespeito pela Constituição da República Portuguesa".
A deputada de "Os Verdes" Heloísa Apolónia lamentou que o Presidente da República tenha indigitado o líder do PSD como primeiro-ministro, argumentando que optou pela solução mais instável para o país.----Clique para aceder ao Especial CM Legislativas 2015 - Portugal a votosClique para aceder à rubrica com a opinião de Octávio Ribeiro, diretor do CM, sobre este tema: O dérbi chegou à política
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