CGTP acusa PR de tomar o partido da coligação de direita

Arménio Carlos diz que discurso do PR é um atentado à democracia.

22 de outubro de 2015 às 21:15
CGTP, discurso, Presidente da República, Passos Coelho, Governo, política, governo (sistema), chefes de estado Foto: Manuel de Almeida/Lusa
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O secretário-geral da CGTP acusou esta quinta-feira o Presidente da República de ter tomado o partido da coligação de direita, ao indigitar Passos Coelho para primeiro-ministro, atentanto contra a democracia e a vontade dos eleitores portugueses.

"O Presidente da República (PR) não devia tomar partido, mas tomou, a favor dos partidos que têm estado no Governo", disse Arménio Carlos à agência Lusa.

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Para o sindicalista, "a declaração do PR é um atentado à democracia e à vontade dos eleitores".

O líder da Intersindical lamentou que Cavaco Silva não tivesse tido em conta "o sentido de mudança que a maioria dos eleitores assumiu no dia 4 de outubro" passado.

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O sindicalista considerou ainda que o PR, com os argumentos que apresentou para justificar a sua decisão, "procurou espalhar o terror e discriminou os restantes partidos".

"Não está em causa a saída da União Europeia ou do euro. O PCP e o Bloco de Esquerda têm defendido a necessidade de discussão destas questões, mas o Presidente da República passou de uma proposta de discussão para uma posição decisória relativamente à permanência de Portugal na UE e no euro", declarou.

Arménio Carlos manifestou esperança de que os partidos de esquerda sejam coerentes e rejeitem o programa de Governo da coligação PSD/CDS-PP.

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