João Soares lamenta indigitação de Passos Coelho.
O deputado socialista João Soares lamentou esta quinta-feira que o Presidente da República tenha indigitado o líder do PSD como primeiro-ministro, numa decisão que faz o país "perder tempo" porque "inevitavelmente" Passos Coelho vai ser derrubado no parlamento.
"Penso muito sinceramente que esta decisão do Presidente da República faz o país perder tempo porque inevitavelmente aquele que foi indigitado como futuro primeiro-ministro vai cair nesta Assembleia da República, não tenho sobre isso qualquer espécie de dúvidas", afirmou João Soares aos jornalistas no parlamento.
De acordo com João Soares, "vai ser preciso chamar alguém que esteja em condições de assegurar um Governo estável e duradouro em termos de apoio parlamentar, e isso só pode ser feito pelo PS, pelo BE e pelo PCP".
Não divisões no seio do PS
João Soares recusou ainda que haja divisões no seio dos socialistas sobre o acordo que tem vindo a ser negociado com BE e PCP para uma alternativa a um governo PSD/CDS-PP, partidos que, no quadro da coligação Portugal à Frente, venceram as eleições legislativas de 4 de outubro, sem maioria absoluta no parlamento.
"O grupo parlamentar do PS e o PS estão unidos no apoio a uma solução histórica no nosso país, que, pela primeira vez, pode acabar com aquilo que era um conceito abstruso do ponto de vista democrático, o conceito do arco governativo", disse.
Questionado sobre a possibilidade de haver deputados socialistas que votem contra no parlamento decisões necessárias à formação de um eventual governo PS apoiado por BE e PCP, como moções de rejeição a um executivo PSD/CDS-PP, João Soares respondeu: "Não me parece possível e acabei de estar mais de uma hora numa reunião do grupo parlamentar do PS".
Lamenta a decisão de Cavaco Silva
O socialista começou por lamentar a decisão do Chefe de Estado porque "faz o país perder tempo quando precisava de uma decisão rápida em matéria de nomeação de um Governo", estranhando igualmente que Cavaco Silva tenha indigitado um primeiro-ministro que não assegura "uma solução estável e duradoura em termos de maioria parlamentar", o que "está em contradição" com aquilo que o próprio Presidente tem vindo a afirmar.
"A única solução estável e duradoura, como os portugueses já compreenderam ao longo deste processo complicado de negociações entre as lideranças partidárias, é aquela que resultará do entendimento entre o PS, o BE e o PCP", declarou.
"António Costa disse, como aliás têm dito quer a líder coordenadora do BE, quer o líder do PCP, que não há condições para um governo de direita. Por isso é que é particularmente estranho e de lamentar que o senhor Presidente da República tenha indigitado alguém que sabe que não tem condições para assegurar um governo estável e duradouro", insistiu.
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