"Chega nunca deveria ter sido legalizado": Ana Gomes diz que se for eleita Presidente vai pedir à PGR nova avaliação

Ana Gomes considera que o Chega pratica atos xenófobos e racistas.

14 de dezembro de 2020 às 21:24
Ana Gomes Foto: Lusa
Ana Gomes Foto: JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

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A candidata à Presidência da República, Ana Gomes, disse esta segunda-feira, em entrevista que o "Chega nunca deveria ter sido legalizado" e garante que se for eleita Presidente vai pedir à PGR nova avaliação do partido. 

Ana Gomes considera que o partido de André Ventura pratica atos xenófobos e racistas e coloca em causa e acusa o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de "estar a normalizar um partido racista e facista".

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Na entrevista à TVI, Ana Gomes acusou o atual chefe de Estado de estar "a normalizar um partido racista e fascista", o Chega, e de não combater "as infiltrações da extrema-direita nas forças de segurança".

A ex-eurodeputada reiterou que o Chega não deveria ter sido legalizado pelo Tribunal Constitucional.

Se for eleita Presidente da República, disse que uma das suas primeiras iniciativas será a de solicitar à procuradora Geral da República, Lucília Gago, cuja instituição tem uma delegação junto do Tribunal Constitucional, "uma reapreciação da legalidade do Chega, não apenas pelo programa, mas também pela sua reiterada prática xenófoba e racista".

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"Posso desde já assumir esse compromisso", reforçou.

Questionada como procederá com o líder do Chega, André Ventura, no momento em que se encontrar com ele para um debate televisivo no âmbito das eleições presidenciais, Ana Gomes respondeu: "Darei um cumprimento sanitário, um cumprimento que aprendi no Japão, acenando com a cabeça".

"Agora, apertar a mão, nem era preciso o atual contexto sanitário. Eu tenho linhas vermelhas em relação a pessoas a quem aperto a mão", afirmou.

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