Chicão num combate aceso pela liderança do CDS
Moção de confiança por voto secreto após cinco horas de discussão e ataques internos.
O teste interno à liderança de Francisco Rodrigues dos Santos no CDS realizou-se este sábado debaixo de fogo num conselho nacional virtual. Foram necessárias cinco horas para decidir se o voto seria secreto. A maratona entrou noite dentro e até ao fecho da edição ainda não era conhecida a votação da moção de confiança que confirma Francisco à frente do CDS.
A polémica estalou logo no início quando o presidente do Conselho Nacional, Filipe Anacoreta Correia, insistiu no voto de braço no ar contra a decisão do Conselho de Jurisdição que determinou que o voto seria secreto. De tom inflamado, João Almeida criticou “a ilegalidade inequívoca” e Nuno Melo acusou Anacoreta Correia de “cometer uma barbaridade”. O adversário de Chicão, Adolfo Mesquita Nunes, e os seus apoiantes abandonaram a reunião e só regressaram depois de o líder centrista quebrar o silêncio para, de forma agressiva, dizer: “Sou favorável ao voto secreto, não estou à procura de subterfúgios.” Anacoreta Correia acatou a vontade das duas partes.
Mesquita Nunes voltou a defender que o CDS “precisa de mudar já”. Francisco acusou-o de “mascarar o CDS de Iniciativa Liberal” e disse que aceita um congresso do partido, mas só após as autárquicas.
PORMENORES
Reunião abre à imprensa
O conselho nacional começou por decorrer à porta fechada, mas foi aberto à imprensa quando se verificou que um órgão de comunicação social tinha acesso privilegiado à reunião.
Altino Bessa, da comissão política nacional demitiu-se enquanto decorria a reunião de ontem pela “má imagem que o partido apresenta”.
Eleição há um ano
Em janeiro de 2020 Rodrigues dos Santos tornou-se líder do CDS. João Almeida ficou em segundo e Lobo d’Ávila em terceiro.
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