António Costa diz que Orçamento do Estado "mantém as prioridades apresentadas no final de 2021"

Orçamento de Estado para 2022 será entregue pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, na Assembleia da República.

13 de abril de 2022 às 07:30
António Costa Foto: CMTV
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O primeiro-ministro afirma que a proposta de orçamento, entre descidas de impostos e subvenções, prevê mais 1.200 milhões de euros destinados a apoiar empresas e famílias para fazer face à crise aberta pela guerra na Ucrânia.

Este dado consta de uma mensagem vídeo de António Costa sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2022 - diploma que foi aprovado em Conselho de Ministros extraordinário realizado na terça-feira e que é esta quarta-feira entregue pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, na Assembleia da República.

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"A guerra na Ucrânia exige-nos ainda novas respostas. A proposta de Orçamento do Estado permite financiar o conjunto de medidas que adotamos para mitigar o aumento dos preços dos bens energéticos e agroalimentares e conter a inflação", sustenta o líder do executivo na sua mensagem.

De acordo com António Costa, "entre descidas de impostos e subvenções, a proposta de orçamento prevê mais de 1.200 milhões de euros de apoio às empresas e às famílias para fazer face à crise aberta com a guerra na Ucrânia".

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"Este é, portanto, um orçamento de respostas concretas e que nos faz avançar. Um orçamento ajustado à nova conjuntura, sem nunca se desviar dos objetivos estruturais e sem abandonar a trajetória de consolidação orçamental responsável, com contas certas", defende o primeiro-ministro.

Na sua mensagem, António Costa começa por observar que "cinco dias depois de o Governo assumir funções" entrega já esta quarta-feira a proposta de Orçamento do Estado de 2022 na Assembleia da República, "para que possa ser discutida e aprovada o mais rapidamente possível".

"Este orçamento mantém as prioridades que apresentámos no final de 2021, porque mantemos os mesmos objetivos estratégicos e a mesma ambição para o país: acelerar o crescimento e reforçar a coesão social. É um orçamento dirigido à classe média, centrado nos jovens e amigo do investimento e que cumpre todos os compromissos que assumimos", considera.

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O primeiro-ministro assinala depois que o seu executivo vai "concretizar finalmente o aumento extraordinário das pensões, com efeitos a 01 de janeiro".

"Vamos reduzir os impostos sobre a classe média, por via do desdobramento de escalões, e isentar de IRS mais 170 mil famílias, com menores rendimentos. Vamos aumentar até ao triplo as bolsas para os jovens que pretendem fazer mestrados e reduzir os impostos para aqueles que iniciam a vida ativa, reforçando e alargando o IRS jovem", aponta, numa alusão a algumas das medidas orçamentais da área fiscal e que foram prometidas na campanha eleitoral para as legislativas de 30 de janeiro.

António Costa destaca também que o Orçamento terá medidas para "aumentar os recursos do Serviço Nacional de Saúde (SNS)" e para "reforçar os apoios à infância com o início da gratuitidade geral das creches".

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"Começaremos pelas crianças do 1.º ano, e com a criação da garantia infantil, que nos permitirá retirar 120 mil crianças da situação de pobreza extrema", especifica.

Para as empresas, segundo o primeiro-ministro, o executivo irá "continuar a apoiar o seu crescimento e consolidação", dando como exemplos o "incentivo fiscal à recuperação (para estimular o investimento privado) e o fim do pagamento especial por conta, aliviando a tesouraria das pequenas e medias empresas (PME)".

António Costa advoga ainda que na proposta orçamental do Governo será melhorado o enquadramento fiscal para "promover o empreendedorismo e a fixação de talento".

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"A par do investimento privado, este orçamento reforça também o investimento público. E concretiza as reformas e os investimentos transformadores do Plano de Recuperação e Resiliência", acrescenta.

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