Costa pede que todos meditem no aviso de eleições antecipadas feito por Marcelo

Pimeiro-ministro defendeu racionalidade e equilíbrio para evitar uma crise política.

20 de outubro de 2021 às 18:00
Primeiro-ministro, António Costa, intervém na sessão plenária do debate preparatório do Conselho Europeu, na Assembleia da República Foto: TIAGO PETINGA/LUSA
Partilhar

O primeiro-ministro salientou esta quarta-feira que o Presidente da República já indicou a consequência de eleições antecipadas caso a proposta de Orçamento para 2022 seja reprovada no parlamento e defendeu racionalidade e equilíbrio para evitar uma crise política.

António Costa deixou este recado em declarações aos jornalistas sobre o processo negocial da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2022, depois de ter participado no debate parlamentar sobre o Conselho Europeu desta quinta e sexta-feira, em Bruxelas.

Pub

"Vamos continuar a trabalhar para um acordo orçamental sossegadamente e com a confiança de que a racionalidade, o bom senso e o sentido de equilíbrio vai prevalecer e que iremos ter um bom Orçamento no próximo ano. Além do mais, o Presidente da República definiu uma consequência muito exigente para a inexistência de um Orçamento", advertiu o primeiro-ministro.

António Costa defendeu mesmo que esse aviso de dissolução do parlamento e convocação de eleições legislativas antecipadas "é uma coisa que devem meditar".

Pub

"Todos temos de meditar. Acho que a última coisa que alguém deseja é acrescentar à crise social, económica, pandémica e à crise energética ainda uma crise política", acentuou.

Em relação à proposta de Orçamento do Governo, o primeiro-ministro realçou que "os impostos vão baixar, sobretudo com o desdobramento dos escalões do IRS, e que será aumentado o mínimo de existência" em 2022.

"Vamos triplicar as bolsas de estudo para os alunos que pretendam frequentar mestrados, vamos melhorar o IRS Jovem, vamos ter um novo aumento extraordinário de pensões. Portanto, vamos continuar a avançar, mas temos de avançar sem dar um passo maior do que a perna", disse.

Pub

António Costa advogou em seguida que, durante a legislatura anterior, "já ficou provado" que Governo, partidos à esquerda do PS e PAN foram capazes de se entender.

"Agora, desta vez também tenho confiança de que será possível avançar, sem corrermos o risco de regredir como aconteceu no passado. Nas seis vezes anteriores, conseguimos resultados positivos. Não vejo razão para que nesta sétima vez seja diferente", completou.

 

Pub

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar