Costa quer conciliação entre trabalho e família

Primeiro-ministro quer nova discussão sobre concertação social.

19 de junho de 2018 às 08:43
António Costa Foto: Lusa
António Costa Foto: Lusa
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Pouco depois da assinatura formal do acordo na concertação social sobre a lei laboral, o primeiro-ministro lançou esta segunda-feira um desafio aos parceiros sociais: a "construção de um grande acordo de concertação social que facilite a conciliação entre a vida profissional e a vida familiar".

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No discurso que marcou a assinatura do documento entre Governo, patrões e UGT, António Costa sublinhou a necessidade de se inverter o ciclo demográfico negativo do País. "Os países desenvolvidos onde foi possível inverter o ciclo demográfico que estamos a ter foram aqueles que encontraram melhores formas de conciliação entre a vida profissional e a vida família", disse.

O acordo sobre as propostas do Governo de alteração à lei laboral já tinha sido firmado entre os parceiros sociais no final de maio, mas só ontem se deu a assinatura formal. Fora da fotografia ficou a CGTP, que não assinou o documento por considerar que este é "cúmplice" da precariedade. Costa tem outra ideia e, sem se referir à intersindical, garantiu que o o resultado da negociação representa o "combate à precariedade e à segmentação do mercado de trabalho". "Cumpre o programa do Governo", concluiu.

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Entre as propostas do Executivo está a criação de uma taxa anual que penaliza as empresas que mais recorrem aos contratos a prazo, mas também o alargamento de 90 para 180 dias do período experimental para jovens à procura do primeiro emprego e desempregados de longa duração.

"Maior estabilidade, menos precariedade"

O ministro do Trabalho elogiou ontem o acordo assinado entre Governo, patrões e UGT sobre a lei laboral, garantindo que o documento trará "maior estabilidade, menos precariedade".

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Vieira da Silva não referiu a CGTP, que não assinou o documento, nem as críticas que o pacote laboral suscitou à esquerda. "O debate, a troca de pontos de vista, por vezes mais acesa, outras vezes mais consensual, eu diria mais vezes mais acesa, é uma dimensão crucial para a concertação social. Sentimo-nos, todos os que optam por subscrever um acordo, mais satisfeitos quando esse trabalho chega a este objetivo", sublinhou.

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