Costa ameaça nacionalizar a TAP
Primeiro-ministro não abdica da maioria do capital na empresa.
A disputa pela TAP subiu esta sexta-feira de tom, com o primeiro-ministro a dizer que a maioria voltará para o Estado mesmo sem o acordo dos empresários do consórcio Gateway.António Costa endurece assim o discurso, um dia depois de Humberto Pedrosa e David Neeleman, os patrões da transportadora aérea, se terem reunido com o ministro do Planeamento, Pedro Marques.
"A execução do programa do Governo não está sujeita à vontade de particulares, que resolveram assinar um contrato com o Estado português em situação, no mínimo, precária, visto que estavam a assinar com um Governo que tinha sido demitido na véspera", disse esta sexta-feira, em Bruxelas, António Costa.
Também Cavaco Silva comentou esta sexta-feira o caso, sublinhando que a TAP "é muito importante" para o País, "principalmente pelos turistas que traz a Portugal, e para isso tem que ser rentável". O Presidente da República reconhece que cabe ao Governo decidir, mas recordou que a injeção de fundos estatais implica despedimentos e encerramento de rotas.
Os novos donos da TAP já esclareceram que não estão interessados em perder a maioria do capital (61%), que lhes permite tomar as decisões estratégicas da empresa.
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