Correio da Manhã
JornalistaLíder da CGTP diz que adesão à greve geral representa “o descontentamento que existe” no País
“Já não haverá mais nenhum”: passageiros aguardam pela chegada do barco em dia de greve geral no Barreiro
"Precisamos de nos organizar e de nos unir aos trabalhadores": vários estudantes juntam-se à greve geral em protesto
Vários estudantes do ensino superior e de escolas secundárias juntaram-se à greve geral convocada para esta quinta-feira. Num comunicado do movimento estudantil Greve Climática Lisboa, a organização indica que os jovens juntaram-se a professores e funcionários e protestaram contra o pacote laboral, mas também pelo fim aos combustíveis fósseis até 2030.
"Hoje, juntamo-nos à greve enquanto estudantes e futuros trabalhadores, porque queremos um futuro justo, onde a vida e não o lucro estejam no centro", disse José Borges, estudante do Liceu Camões, citado no comunicado.
Os estudantes envergaram bandeiras e faixas e distribuíram panfletos alusivos à greve geral.
"Precisamos de nos organizar e de nos unir aos trabalhadores. Construir o poder para conseguirmos combater os patrões e governos que querem destruir o planeta em que vivemos e explorar-nos até ao último dia das nossas vidas, vendendo a nossa existência e o nosso futuro", afirmou Filipe Antunes, um dos estudantes da Faculdade de Ciências em protesto.
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Hospital de São Sebastião em Aveiro com adesão de 100% em quase todos os serviços às 00h
Numa nota de imprensa enviada às redações, a CGTP de Aveiro deu conta dos primeiros dados de adesão à greve, registados às 00h desta quinta-feira.
Segundo a central sindical, no Hospital de São Sebastião, em Santa Maria da Feira, no turno das 23h00 de dia 10 às 8h00 de dia 12 a adesão à greve era de 100% em quase todos os serviços:
– Bloco Operatório: 100%
– Cirurgia: 100%
– Oftalmologia: 100%
– Ortopedia: 100%
– Neurologia: 100%
– Pneumulogia: 100%
– Medicina Interna: 100%
– UCIP: 100%
– UCIC: 100%
– Urgências: 80%
– Ginecologia: 80%
– Cardiologia: 80%
– Pediatria: 66%
– Núcleo de Partos: 66%
– SIES: 50%
Na empresa do setor automóvel Horse Aveiro, o turno que teve início às 22h00 de quarta-feira registava uma adesão de 60%.
Já na fábrica de fundição TUPY - Funfrap, no turno das 23h00, aderiram à greve cerca de 52% dos trabalhadores.
Ainda em Aveiro, na empresa de resíduos ERSUC a adesão à paralisação foi de 87%.
Pelo menos 60 voos cancelados no Aeroporto de Lisboa
No Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, pelas 8h30 desta quinta-feira, já eram mais de 60 os voos cancelados, segundo o que era apresentado nos painéis de informação do aeroporto.
A TAP conseguiu antecipar os efeitos da greve e cancelou, logo ao início da semana, alguns dos voos desta quinta-feira.
Estações quase vazias e comboios suprimidos: os primeiros efeitos da greve geral nos transportes públicos
A greve geral está a afetar os transportes públicos esta quinta-feira. Na estação de Santa Polónia, em Lisboa, pelas 7h00 a maioria dos comboios tinham sido suprimidos. O líder da CGTP, Tiago Oliveira, esteve na estação de comboios e manifestou-se satisfeito com a adesão à greve: "Os dados que temos são muito positivos, são dados que demonstram a vontade dos trabalhadores de virem para a rua e assumirem esta greve geral como um momento único para derrotar o pacote laboral que o Governo colocou em cima da mesa. Está aqui a demonstração".
No Metro do Porto, na da Trindade, os tempos de espera têm ido até aos 30 minutos, uma vez que estão previstas apenas duas composições por hora. Já tinha sido também estipulado que algumas linhas seriam reduzidas, não sendo abrangidas todas as estações. Algumas pessoas na estação disseram já estar a sentir os efeitos da greve pouco depois das 7h00.
Já na estação de comboios da Campanhã, também no Porto, na noite de quarta-feira os efeitos já eram muitos. Várias viagens da Comboios de Portugal (CP) foram suprimidas, levando muitas pessoas a esperarem longas horas ou a ter de procurar outras alternativas para chegarem ao destino.
A paralisação já tinha começado a ter efeitos na quarta-feira, principalmente no setor ferroviário. O grande objetivo da greve geral convocada para esta quinta-feira é lutar contra o novo pacote laboral proposto pelo Governo.
Linhas de produção da Autoeuropa paradas devido à greve geral
As linhas de produção da Autoeuropa pararam devido à greve geral desta quinta-feira. A maioria dos cerca de mil trabalhadores que entrariam ao serviço aderiu à greve.
Em declarações à CMTV, Rogério Nogueira, coordenador da comissão dos trabalhadores da Autoeuropa, enumerou algumas medidas do novo pacote laboral que afetam também os trabalhadores da fábrica de automóveis instalada em Palmela.
Relativamente aos efeitos da greve, Rogério Nogueira diz que se prevê que a paralisação se estenda ao longo do dia. "Penso que os trabalhadores vão cumprir [a greve] e vão defender os seus direitos", afirmou.
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