Dizer adeus ao “cargo” de primeira-dama

Manuela Eanes, Maria Barroso, Maria José Ritta e Maria Cavaco Silva marcaram a política

09 de março de 2016 às 10:28
maria cavaco silva, primeira-dama Foto: Liliana Pereira / Flash
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Edgar Silva fazia questão de manter o "cargo" de primeira-dama. Marcelo Rebelo de Sousa, hoje empossado chefe de Estado, é divorciado e namora há mais de 30 anos com Rita Amaral Cabral. A advogada fica de fora da cena política portuguesa.

Será a primeira vez em democracia que a figura da primeira-dama não marcará presença nas cerimónias oficiais. Desde 1996 que as mulheres dos chefes de Estado tinham direito a um gabinete na Casa Civil e, ao longo das décadas, as primeiras-damas foram ganhando importância na cena política portuguesa. A figura de Manuela Eanes sempre foi indissociável do general Ramalho Eanes nos seus anos de presidência. Ao lado de Maria Barroso, Maria José Ritta e Maria Cavaco Silva, as primeiras-damas sempre se destacaram pelo seu trabalho em prol de iniciativas de solidariedade e instituições de apoio aos mais desprotegidos.

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A importância do "cargo", que a Constituição não prevê, foi uma tradição a que a sociedade se habituou mas que termina com a chegada de Marcelo Rebelo de Sousa a Belém. "Cargo é cargo, família é família. Portanto, não havendo primeira-dama, eu exercerei o cargo naturalmente, como acontece em muitas democracias", referiu Marcelo à revista "Caras". 

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