Em caso de chumbo do Orçamento do Estado: "Dificilmente o Governo podia continuar a governar"

Marcelo Rebelo de Sousa não quis fazer comentários sobre o "conteúdo" do orçamento.

13 de outubro de 2021 às 16:11
Marcelo Rebelo de Sousa na inauguração da Associação Ajuda de Berço Foto: Mariline Alves
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não quis fazer comentários sobre o "conteúdo" do orçamento, mas referiu que, em caso de chumbo, "dificilmente o Governo podia continuar a governar". Acrescentou que "muito provavelmente" conduziria à dissolução do parlamento e a eleições antecipadas, com "seis meses de paragem na vida nacional".

Em declarações aos jornalistas, à saída das novas instalações da associação Ajuda de Berço, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa argumentou que "dificilmente o Governo poderia continuar a governar com o Orçamento deste ano dividido por doze, sem fundos europeus".

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Marcelo explicou as consequência que os custos de um eventual chumbo seriam "elevados". "Muito provavelmente havia eleições, com 60 dias entre convocação e a eleição, não podia haver eleições no Natal ou final do ano. As eleições seriam em janeiro, com novo Governo em fevereiro e Orçamento em abril. Significaria seis meses de paragem da nossa sociedade e economia. Um Orçamento em abril compensava os custos?", questionou.

O Presidente da República reforçou que acredita "convictamente" que a proposta do Governo vai ser aprovada. "Não estou pessimista, continuo a entender que a alternativa é tão custosa que é natural que tudo seja feito para haver Orçamento", disse. Ainda assim, Marcelo afirmou que vai ouvir os partidos e admite que "haja quem pense melhor".

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