Ex-advogado de Sócrates quer liderar PS em Lisboa
Miguel Prata Roque garante que não se arrepende de ter defendido o antigo primeiro-ministro. Candidato diz que processo de Sócrates “desprestigia a Justiça” por se arrastar há 10 anos.
Miguel Prata Roque, antigo secretário de Estado e candidato à liderança da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS, foi advogado do antigo primeiro-ministro José Sócrates num processo movido pelo arguido da ‘Operação Marquês’ contra o Correio da Manhã e outros títulos da mesma empresa.
O caso remonta a 2015, altura em que Sócrates avançou com uma providência cautelar contra todas as publicações do Grupo Cofina, para impedir que fossem publicadas notícias sobre a ‘Operação Marquês’ que envolvessem o antigo líder do PS. A proibição durou desde outubro desse ano até março de 2016, altura em que o Tribunal da Relação de Lisboa anulou a providência cautelar e permitiu que as notícias voltassem a ser divulgadas. Ao CM, Prata Roque explicou que representou Sócrates durante “um mês e meio” nesse processo, dado ser “um advogado reconhecido nessa área”. No entanto, disse não ter nenhuma relação com o antigo governante. “Não o conheço”, afirmou. Porém, foi adjunto do ministro dos Assuntos Parlamentares Augusto Santos Silva, durante o Governo de Sócrates, entre 2005 e 2007.
PORMENORES
processo demorado
“desprestigia justiça”
Prata Roque afirmou que vê com “grande perplexidade o caso [Marquês], que dura há mais de dez anos”, algo que “desprestigia a Justiça”. Pede que o “caso seja esclarecido” e apelou para que “sejam dados meios ao Ministério Público para cumprir as suas funções”.
eleições em janeiro
há duas candidaturas
As eleições à FAUL do PS têm dois candidatos na corrida. Além de Prata Roque, que se tem mostrado como comentador televisivo, vai a votos Carla Tavares, eurodeputada eleita nas últimas eleições europeias e ex-presidente da Câmara da Amadora. A ida às urnas está marcada para 10 de janeiro.
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