Falta de meios complica controlo das eleições presidenciais de 2021
Comissão Nacional de Eleições teme não dar resposta imediata a todas as infrações.
As eleições presidenciais de 24 de janeiro, as primeiras do continente em pandemia, arriscam-se a falhar ao controlo da Comissão Nacional de Eleições (CNE), revelou ao CM o porta-voz deste órgão de fiscalização, João Tiago Machado. “Há falta de meios técnicos e humanos para dar resposta imediata aos problemas, denúncias e dúvidas que surjam ao longo do dia das eleições”, explicou o mesmo responsável.
“Há meses que a CNE está em situação de rutura, não tem um sala para reuniões e só tem nove funcionários no ativo para responder a todas as dúvidas dos autarcas sobre como organizar as eleições em pandemia, já que serão precisos mais espaços para as urnas”, denuncia o representante do organismo.
Violações à proibição de propaganda ou de influência dos eleitores no dia do ato eleitoral estão entre as infrações mais frequentes que a CNE teme “não conseguir corrigir de forma célere”, admitiu Tiago Machado. “É muito comum os líderes partidários depois de votarem prestarem declarações propagandísticas à imprensa”, afirma Tiago Machado. Quanto tal acontece, a “CNE liga para os órgãos de comunicação para não passarem essa parte, mas sem meios vai ser mais difícil”, acrescentou.PORMENORES
Eleitor confinado ou em isolamento profilático pode pedir o voto antecipado entre 14 e 17 de janeiro no site da secretaria-geral do Ministério da Administração Interna ou na junta.
O eleitor tem de estar no seu concelho do recenseamento ou no município limítrofe. O voto é recolhido em casa.
CNE alerta que os eleitores que adoecerem por Covid-19 nas vésperas das eleições, depois do dia 17 de janeiro, não vão poder votar.
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