Melhores momentos na análise ao debate na CMTV

O debate entre António Costa e Pedro Passos Coelho, emitido simultaneamente nos três canais generalistas, foi o tema em destaque na noite informativa da CMTV. Helena Garrido, João Pereira Coutinho, Armando Esteves Pereira, Nuno Encarnação e Eduardo Cabrita constituíram o painel de comentadores, moderado pelo jornalista João Ferreira, que analisou as intervenções dos líderes do PS e PSD.

O primeiro painel, constituído por João Pereira Coutinho e Helena Garrido, diretora do Jornal de Negócios, considerou que não houve nem vencedores, nem vencidos no debate.  Helena Garrido considerou que Passos Coelho e António Costa se esqueceram "que estavam a falar para as pessoas", dando maior importância à luta política propriamente dita do que ao esclarecimento do eleitorado. João Pereira Coutinho concordou.

No segundo painel, constituído pelo diretor-adjunto do CM e da CMTV, Armando Esteves Pereira, por Nuno Encarnação, deputado do PSD, e Eduardo Cabrita, deputado do PS, os ânimos exaltaram-se quando se falou de Sócrates e das várias referências feitas por Passos Coelho ao ex-primeiro-ministro socialista.

O "fantasma" de Sócrates

Armando Esteves Pereira considera que António Costa "teve azar" com a altura em que José Sócrates foi detido, no âmbito da Operação Marquês. Para o diretor-adjunto do Correio da Manhã, que defende que as entrevistas ao líderes partidários feitas na CMTV (que pode consultar nos links relacionados à direita do ecrã) foram mais esclarecedoras do que o debate, Sócrates foi o "ausente mais presente".

Nuno Encarnação e Eduardo Cabrita entraram em conflito quando o deputado do PSD defendeu que se devia falar de José Sócrates no debate, por considerar que era o "ponto zero" dos problemas que o país atualmente enfrenta. O adversário do PS atacou, exigindo que se falasse dos erros feitos pela coligação nos últimos quatro anos de governo.

As medidas e propostas apresentadas "em cascata" por António Costa, foram vistas por Nuno Encarnação como sinal de "algum desespero" do socialista. Já Eduardo Cabrita refutou que Passos tinha demonstrado insegurança e que tinha ocultado o presente e os resultados reais do seu mandato, ao mesmo tempo que não tinha apresentado propostas específicas.

"Os portugueses não se esquecem", respondeu Nuno Encarnação, assumindo que não se orgulha dos governos de José Sócrates que, na opinião do social-democrata, afundaram o país.

Fanatismos, fracassos e privatizações

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