Galamba teve "reação irada" quando confrontado com hipótese de revelar notas da reunião
Ex-adjunto do ministro das Infraestruturas quebrou o silêncio esta sexta-feira.
O ex-adjunto do ministro das Infraestruturas revelou que João Galamba teve uma "reação irada" quando foi confrontado com hipótese de revelar notas da reunião preparatória da TAP, que decorreu em janeiro. Frederico Pinheiro, afastado do cargo por comportamentos incompatíveis às funções ministeriais, quebrou o silêncio sobre a polémica esta sexta-feira.
Frederico Pinheiro é visado na troca de informações divulgada na comunicação social, na quinta-feira, sobre a polémica na TAP.
Num comunicado a que o Correio da Manhã teve acesso, o antigo adjunto de Galamba refere que dia 16 de janeiro deste ano se realizou uma reunião preparatória na qual participaram o Ministro das Infraestruturas, João Galamba, a ex-CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, Frederico Pinheiro, adjunto do ministro, e Manuela Simões, diretora do departamento jurídico da TAP.
"O Ministro das Infraestruturas disse então que não ver problema nenhum no facto de a reunião se ter realizado(...) A reunião teve como objetivo articular com a TAP a gestão da informação a ser efetuada pela CEO na audição parlamentar agendada para essa semana, dia 18 de janeiro", refere Frederico Pinheiro.
O ex-adjunto do ministro das Infraestruturas indica que tomou notas da reunião num computador. Avança que "tinham sido articuladas perguntas a serem efetuadas pelo GPPS e tinham sido referidas as respostas e a estratégia comunicacional da CEO da TAP".
"Ficou indicado que, em caso de requerimento pela Comissão Parlamentar de Inquérito, as notas não seriam partilhadas por serem um documento informal", sustenta.
Esta segunda-feira, 24 de abril, foi indicado um requerimento a Frederico Pinheiro pela falta de notas da reunião. O político explicou que na verdade tinha sim registos daquele dia.
Já na terça-feira, o ex-adjunto conversou com o ministro pelo telefone e referiu que teriam de rever a decisão que tomaram de não revelar a existência das notas. "João Galamba teve uma reação irada", conta.
Frederico Pinheiro enviou na mesma noite as notas tiradas na reunião de janeiro e enviou igualmente uma sugestão de mudança na resposta a enviar à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). No dia seguinte, recebeu a notícia de que estava despedido.
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