Governo aprova apoio militar à Ucrânia de 205 milhões de euros

Montenegro admite participação numa eventual missão de paz europeia.

28 de março de 2025 às 01:30
Montenegro com Macron durante a reunião da ‘Coligação de Interessados’ Foto: Thibault Camus
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O Governo português aprovou esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, uma resolução que autoriza uma despesa de 205 milhões de euros para apoio militar à Ucrânia no corrente ano. A aprovação foi anunciada em Paris pelo primeiro-ministro, à margem da reunião da ‘Coligação de Interessados’, que reuniu mais de 30 países. Segundo Luís Montenegro, esta medida “concretiza o apoio militar em equipamento, em várias áreas que vão dotar as Forças Armadas ucranianas para poderem, não só continuar a fazer o seu combate, como assegurar, num processo de paz, toda a dissuasão para que a segurança da Ucrânia e da Europa esteja assegurada”.

Sobre o eventual levantamento parcial das sanções à Rússia, exigido por Moscovo como contrapartida pelo cessar-fogo no mar Negro, o chefe do Governo sublinhou que Portugal “concorda com aquela que tem sido a orientação da União Europeia”. “Não é ainda tempo de fazer esse levantamento, isso é claríssimo, não há nenhuma dúvida quanto a isso e, portanto, nós continuamos a renovar a cada meio ano as sanções, adequando-as a cada momento”, afirmou.

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Questionado sobre o envio de militares portugueses para a Ucrânia no contexto de uma futura missão de paz europeia, o PM sublinhou que qualquer iniciativa nesse sentido deve ter “perspetivas de uma paz justa e duradoura” e deve considerar “medidas e garantias dos parceiros europeus e transatlânticos”. “Portugal não vai estar fora desse esforço para, precisamente, no âmbito dessas garantias, podermos ter uma política de dissuasão e de manutenção de segurança. Mas estamos longe ainda, muito longe, dessa fase”, explicou, deixando, no entanto, uma garantia: “Nós assumimos os nossos compromissos com os nossos parceiros.”

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