Governo paga a privado para reduzir longas filas no Cartão de Cidadão

Promotores externos estão a informar e a ajudar cidadãos na renovação online.

10 de julho de 2019 às 08:56
Iniciativa do Ministério da Justiça tem como propósito “descongestionar o atendimento” para renovar documentos Foto: Pedro Simões
Cartão do Cidadão Foto: Miguel Baltazar
Cartão de cidadão Foto: Vítor N. Garcia
Emissão do cartão do cidadão Foto: Pedro Catarino

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O Governo contratou uma empresa privada que vai, através de uma campanha, promover a renovação online do Cartão de Cidadão. Um dos objetivos é "descongestionar o atendimento", admite ao CM fonte oficial do Ministério da Justiça.

Uma equipa de 18 promotores está, desde segunda e de forma rotativa, no Instituto dos Registos e Notariado (IRN) da avenida Fontes Pereira de Melo, em Lisboa, para ajudar os cidadãos a renovar o título.

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O espaço do IRN no centro de Lisboa foi um dos que registou longas filas e atrasos para renovar o documento de identificação ao longo das últimas semanas.

Ao CM, o Executivo assegura que estes promotores não estão a desenvolver tarefas "que sejam desempenhadas por trabalhadores do IRN" e que não têm acesso à base de dados do IRN.

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Na prática, estão a informar e a orientar os cidadãos sobre um pedido que poderiam fazer sozinhos em casa através do computador. Quem não domina a tecnologia, pode assim contar com este apoio adicional.

O teste na Fontes Pereira de Melo vai durar duas semanas. Em função dos resultados, e se houver necessidade, o Governo admite que "esta ação deverá ser prorrogada e estendida a outros espaços de registo".

PORMENORES 

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Empresa escolhida

A promotora contratada é a R Concept. Segundo o Governo, a "dinâmica", a "segurança" e o "portefólio de clientes" justificam a escolha da empresa.

Ajuste direto

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O contrato, assinado no final da semana passada, é de 10 mil euros, mais IVA. Tendo em conta o valor, o negócio foi fechado por ajuste direto.

Adesão

Nas primeiras duas horas de teste, diz o Ministério da Justiça, foram apoiados 35 cidadãos que se dirigiram ao espaço de registos no centro de Lisboa.

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