Governo rejeita qualquer manipulação ou ocultação de contas

O Ministério das Finanças envia comunicado.

29 de setembro de 2015 às 12:21
maria luís albuquerque Foto: EPA
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O Governo rejeitou esta terça-feira "qualquer manipulação ou ocultação de contas" da Parvalorem, empresa gestora dos ativos tóxicos do ex-BPN, para que os prejuízos fossem menores em 150 milhões de euros.

O Ministério das Finanças explicou esta terça-feira num comunicado que "o registo contabilístico de imparidades é função de estimativas de perdas futuras em créditos existentes", acrescentando que "as imparidades são avaliadas e validadas pelos auditores das empresas de acordo com os critérios definidos para o efeito e adequadamente refletidas nas contas".

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"Qualquer materialização ou não dessas perdas é sempre registada nas contas da Parvalorem no momento em que se verificam, com o correspondente impacto nas contas públicas, pelo que não há qualquer manipulação ou ocultação de contas", declarou o Governo, depois de a Antena 1 ter noticiado que a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, enquanto secretária de Estado do Tesouro, pediu à administração da Parvalorem que mexesse nas contas para que estas revelassem um cenário de perdas mais otimista do que o real, reduzindo os prejuízos reconhecidos em 2012.

Segundo a investigação da Antena 1, quando Maria Luís Albuquerque soube, em fevereiro de 2013, que as contas da empresa pública que ficou a gerir os ativos de má qualidade do ex-Banco Português de Negócios (BPN) apresentavam perdas de 577 milhões de euros com créditos em riscos de incumprimento, o que iria agravar o défice orçamental, fez o pedido à administração da empresa pública.

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