"Homem íntegro", "bom amigo", de "resistência e afabilidade raras": políticos recordam Miguel Macedo
Antigo governante morreu de ataque cardíaco, aos 65 anos.
Miguel Macedo, antigo ministro da Administração Interna e político social-democrata, morreu esta quinta-feira, aos 65 anos, vítima de ataque cardíaco. A morte "inesperada" apanhou o mundo da política de surpresa e têm-se multiplicado as mensagens de pesar. Na Assembleia da República, antes do plenário, os deputados levantaram-se para para o aplaudir, após ter sido recordado por Hugo Soares, líder da bancada parlamentar do PSD.
Montenegro considera que "é um momento de tristeza"
Luís Montenegro considerou esta quinta-feira que "é um momento de tristeza". O Primeiro-ministro reagiu à morte "inesperada", partilhando solidariedade com a família e amigos de Miguel Macedo.
"Era um dos meus melhores amigos", recordou Luís Marques Mendes
Luís Marques Mendes recordou "um homem bom" e salientou que esta morte "é uma perda irreparável". O social-democrata recordou ainda a amizade que tinham desde os 20 anos. "Era um dos meus melhores amigos", afirmou Marques Mendes.
Marcelo recorda "antiga amizade"
O Presidente da República partilhou um comunicado no site da Presidência em que lamenta "com muita consternação" a partida "repentina" de Miguel Macedo.
Marcelo Rebelo de Sousa recordou o homem que foi "responsável e dirigente partidário durante décadas e, mais recentemente, analista político na Comunicação Social". O Presidente da República sublinhou a "inseparável amizade" com Miguel Macedo, sublinhando ainda "resistência e afabilidade raras" em todos os momentos.
Antes do plenário ter começado na Parlamento, os partidos lamentaram individualmente a morte de Miguel Macedo.
Reação do PSD
O Partido Social Democrata lamentou, "com profundo pesar" a notícia da morte de Miguel Macedo. "Hoje deixou-nos um homem bom", lê-se em comunicado.
"O País perdeu um dos seus melhores", garantiu o deputado Hugo Soares
Hugo Soares, deputado do PSD, lamentou, visivelmente emocionado, no Parlamento, a morte do amigo Miguel Macedo. "O País perdeu um dos seus melhores", afirmou o político, revelando a proximidade que tinha com o antigo ministro da Administração Interna.
"Homem íntegro e bom amigo", enalteceu Rui Rio
O antigo líder do PSD Rui Rio exprimiu o seu "profundo desgosto" pela morte do ex-ministro Miguel Macedo, enaltecendo um "homem íntegro e um bom amigo" que merece homenagem "mais do que ninguém".
"Faltam-me as palavras para exprimir o meu profundo desgosto pelo falecimento do Miguel Macedo. Um homem íntegro e um bom amigo, que conheci há mais de 40 anos", afirmou nas redes sociais.
O antigo líder do PSD deixou condolências à família e a sua "homenagem pessoal", considerando que Miguel Macedo a "merece mais do que ninguém".
"Figura incontornável", lamentou a ministra da Administração Interna
O Ministério da Administração Interna lamentou a morte de Miguel Macedo e recordou a "figura que marcou de forma incontornável a vida política nacional".
Numa nota de pesar, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, o secretário de Estado da Administração Interna, Telmo Correia, e o secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro, apontaram a dedicação do ex-ministro social-democrata "ao serviço público, com inteligência, determinação e um inegável sentido de responsabilidade".
Miguel Macedo foi ministro da Administração Interna entre os anos de 2011 e 2014, tendo deixado "uma marca indelével no funcionamento das instituições e na defesa do interesse público", lê-se na nota enviada às redações.
António Vitorino "chocadissimo", recorda relação de cordialidade
O socialista António Vitorino manifestou-se esta quinta-feira "chocadíssimo com a tristíssima notícia" da morte de Miguel Macedo, recordando a relação de "enorme cordialidade e de grande cooperação" com o ex-ministro da Administração Interna do PSD.
"Fiquei chocadíssimo, eu estive com o Miguel Macedo na Assembleia da República durante algum tempo, sempre tivemos uma relação de uma enorme cordialidade e de grande cooperação em relação aos assuntos que nós partilhávamos, juristas, Comissão de Direitos, Liberdades e Garantias e fico chocadíssimo com esta tristíssima notícia e gostaria de apresentar à família e ao PSD as minhas sinceras condolências", disse António Vitorino.
O socialista, apontado como possível candidato do PS às presidenciais de 2026, que foi diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM) da ONU e que atualmente preside ao Conselho Nacional para as Migrações e Asilo falava aos jornalistas à entrada para uma conferência em Cascais sobre migrações.
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