Cotrim de Figueiredo diz que TC "deve ser respeitado, mas não está isento de críticas" ao chumbo da Lei da Nacionalidade

Candidato presidencial diz "não perceber" que alguns pontos do acórdão conhecido esta segunda-feira sejam impeditivos de se aprovar a revisão proposta pelo Governo.

15 de dezembro de 2025 às 20:27
João Cotrim de Figueiredo em entrevista no Grande Jornal
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O candidato presidencial João Cotrim de Figueiredo afirmou esta segunda-feira, no Grande Jornal da CMTV, que o Tribunal Constitucional "deve ser respeitado, mas não está isento de críticas".

Reagindo à decisão conhecida durante a tarde, que declarou inconstitucional a versão revista da nova Lei da Nacionalidade, o candidato presidencial apoiado pela IL considerou que aquele organismo "está a fazer o seu papel" ao escrutinar a lei, mas admitiu "não perceber" que algumas questões, como o impedimento à pbtenção de nacionalidade para quem tenha sido condenado a penas de mais de 2 anos por crimes cometidos, "seja um impedimento" à aprovação da lei.

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No entanto, para o candidato, o chumbo da lei não é motivo para alterar a Constituição. "O que não pode acontecer é um braço de ferro entre determinadas forças políticas", sublinhou, apelando a que a decisão do TC seja recebida "com naturalidade" e a que os partidos reformulem o que precisa de ser reformulado.

Questionado sobre a greve geral do último dia 11, Cotrim de Figueiredo criticou o que disse ter sido uma situação em que "no exercício do direito à greve, várias pessoas terem o seu direito ao trabalho cortado". O liberal defendeu que "quem optou por não aderir à greve tem todo o direito de não aderir como o contrário", e criticou a posição da CGTP para quem, diz, "o mercado de trabalho hoje é igual ao de há 100 anos". Acrescentou ver "com agrado" a nova ronda negocial marcada para esta terça-feira com a UGT, bem como a "abertura" manifestada pela ministra do Trabalho para chegar a um entedimento.

Já sobre a Saúde, Cotrim de Figueiredo pediu uma melhor gestão para garantir o bem-estar dos doentes. "Os interesses dos doentes devem estar acima de qualquer interesse corporativo, empresarial ou ideológico", sustentou, defendendo a necessidade uma maior interligação entre o atendimento e tratamento dos doentes e as remunerações dos hospitais e os rendimentos das unidades hospitalares.

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No tópico da Justiça, deixou críticas defendeu  a necessidade de mais transparência do Ministério Público, em referência a questões como as demoras nos processos e as escutas da Operação Influencer. "Quando a população deixa de confiar na justiça e de a entender, temos um problema maior", referiu.

Deixou ainda críticas à alocação e gestão de recursos no setor, dando como exemplo o recente caso de pedofilia envolvendo um ex-adjunto do Governo. "Foi descoberto por iniciativa do FBI. Não tinhamos meios aqui para descobrir isso aqui? Quantos mais casos destes podemos ter em Portugal? É preocupante", disse.

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