João Leão: Das cativações ao volante das Finanças na era Covid-19

Estreia em governos pela mão de Vieira da Silva e Medina em 2009 .

10 de junho de 2020 às 01:30
João Leão toma posse como ministro do Estado e das Finanças no dia 15 Foto: EPA
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O ainda secretário de Estado do Orçamento, João Leão, vai ser o novo ministro do Estado e das Finanças. Com 46 anos, o sucessor de Mário Centeno tem pela frente a difícil tarefa de substituir o ‘Ronaldo das Finanças’, que conduziu Portugal a um excedente orçamental histórico. A tomada de posse realiza-se na próxima segunda-feira, às 10h00, no mesmo dia em que é votado o Orçamento do Estado Suplementar no Parlamento.

Como secretário de Estado, a João Leão tem cabido a gestão do Orçamento, sendo responsável nomeadamente pelas famosas ‘cativações’. Quem o conhece, diz que é um técnico competentíssimo e com uma grande capacidade de negociação, qualidade evidenciada nas reuniões de secretários de Estado. Resta saber qual será a sua estratégia para conduzir as finanças públicas na era covid-19.

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Antes de chegar às Finanças, dava aulas de Economia no ISCTE e acabou por ficar conhecido quando integrou a equipa de economistas que trabalhou com Centeno na preparação da alternativa económica que levou Costa ao poder em 2015. Natural de Lisboa, João Leão é doutorado em Economia pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, licenciado em Economia e mestre em Economia pela Universidade Nova de Lisboa.

Estreou-se em governos do PS, em 2009, pela mão de Vieira da Silva e Fernando Medina quando assumiram o Ministério da Economia, no segundo governo de Sócrates. João Leão foi assessorar Medina, secretário de Estado Adjunto da Indústria e do Desenvolvimento, e depois dirigir o Gabinete de Estudos do Ministério da Economia (2010-2014). No governo de Passos Coelho, o então ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, manteve-o no cargo. Esta terça-feira, o atual diretor da OCDE foi dos mais rápidos a elogiar a promoção de João Leão nas redes sociais: "É uma excelente escolha. (...) Ele foi o grande executor da política de consolidação orçamental", escreveu.

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João Leão integrou ainda a delegação portuguesa no Comité de Política Económica da OCDE, o Conselho Económico e Social e o Conselho Superior de Estatística (2010-2014).

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