José Luís Carneiro acusa Governo de "andar para trás" nos direitos laborais
Para o socialista, Portugal "como país decente e como sociedade decente", tem o dever de se "levantar e colocar esses temas na agenda mediática.
Uma viagem de comboio pela Linha de Sintra, usada diariamente por 130 mil pessoas, serviu esta quarta-feira para o líder do PS acusar o Governo de "tentar andar para trás" na agenda para o trabalho digno com as alterações laborais.
O relógio marcava 05h00 e a noite ainda era cerrada quando José Luís Carneiro chegou à estação da Portela de Sintra, onde o esperava, entre outros, Ana Mendes Godinho, a antiga ministra do trabalho que encabeça a lista da coligação PS/Livre à Câmara de Sintra nas próximas autárquicas, assim como o ex-ministro e ex-presidente da Câmara de Lisboa, João Soares.
O destino final da viagem de comboio com a qual a comitiva do PS começou o segundo dia oficial de campanha era o Rossio, em Lisboa, e o líder do PS explicou desde logo aos jornalistas qual era o objetivo desta ação à qual se foram juntando outros candidatos autárquicos do PS na Grande Lisboa: Ana Sofia Antunes (Oeiras), Vitor Ferreira (Amadora) e Alexandra Leitão (Lisboa).
"Este percurso que estou a fazer aqui na linha de Sintra é um percurso para falar da agenda para o trabalho digno", disse a bordo aos jornalistas e já depois de ter falado com alguns dos passageiros num comboio que ainda tinha lugares àquela hora.
Segundo o secretário-geral do PS, "todos os dias utilizam esta linha mais de 130 mil pessoas", entre as quais "milhares de pessoas que trabalham nas limpezas para garantir uma sociedade que funciona".
"E o Governo está a tentar andar para trás na agenda para o trabalho digno, lançando na informalidade milhares de trabalhadores que têm nesta agenda a sua proteção, a proteção da sua dignidade", acusou.
Para Carneiro, Portugal "como país decente e como sociedade decente", tem o dever de se "levantar e colocar esses temas na agenda mediática, porque isso é aquilo que interessa à vida das pessoas".
Já depois do comboio ter chegado ao Rossio ao fim de uma viagem de cerca de 40 minutos, onde foi recebido por Alexandra Leitão, o líder do PS deu a palavra a todos os candidatos socialistas antes de falar de novo aos jornalistas.
"Todos nos encontramos aqui por uma sociedade mais digna e mais decente. Há quem queira andar para trás na desproteção de pessoas que já têm atividades relativamente desprotegidas e têm vidas muito difíceis", enfatizou.
Foi por essa razão que Carneiro quis dar voz a estas pessoas e ouvia-las, permitindo que estas "possam exprimir aquelas que são as suas dificuldades quotidianas".
"É inaceitável andar com os direitos laborais para trás", condenou.
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