José Luís Carneiro confia que os valores do PS "continuam a ter vocação maioritária no País"

Candidato à sucessão de Pedro Nuno vê resultados das legislativas como conjunturais.

07 de junho de 2025 às 18:22
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"Estes resultados eleitorais são conjunturais e não refletem os valores dos portugueses. Os nossos valores continuam a ter vocação maioritária no País", defendeu José Luís Carneiro na apresentação da candidatura à liderança do PS, na sede nacional do partido, em Lisboa.

O antigo ministro apontou que nas últimas legislativas o PS "perdeu para a direita em todos os grupos sociais", mas referiu que "infelizmente os socialistas portugueses não estão sozinhos na necessidade de reflexão", ainda que "este contexto internacional adverso" não isente ninguém de culpas. "O PS que defendo e quero reerguer repensar-se-á das bases à liderança", asseverou.

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O candidato único, até agora, à sucessão de Pedro Nuno Santos disse ainda ter aprendido com António Costa "a conhecer profundamente o Estado e a saber distinguir aquelas que deveriam ser as verdadeiras prioridades". Definiu-se como "um homem do socialismo democrático, um progressista, com profundas convicções humanistas", capaz de "levar o PS de novo a um lugar à altura da sua história".

E confia que os portugueses se reveem no modo como entende que o PS se deve posicionar: mais ao centro, como "o partido da oposição responsável e séria ao Governo", que não terá "receio de consensos democráticos" e que até admite colaborar na controversa "reforma do Estado". No seu modo de fazer política não vão entrar os "ataques pessoais na praça pública".

Marcaram presença na apresentação da candidatura o histórico socialista Manuel Alegre, a antiga ministra Maria de Belém, a candidata do PS à Câmara de Sintra, Ana Mendes Godinho, e os deputados António Mendonça Mendes, Pedro Delgado Alves, Francisco César e Eurico Brilhante Dias.

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SAIBA MAIS

DIRETAS 

Carlos César, presidente do PS, assumiu interinamente o cargo de secretário-geral após a demissão de Pedro Nuno Santos. A Comissão Nacional aceitou a proposta de Carlos César para convocar eleições diretas para os dias 27 e 28 de junho. 

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DERROTA PARA PEDRO NUNO

José Luís Carneiro perdeu as últimas eleições diretas para Pedro Nuno Santos, em 2023, tendo obtido 36% dos votos. Nos Governos de António Costa, foi secretário de Estado das Comunidades Portuguesas e ministro da Administração Interna.

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