Sócrates receia ser condenado
Ex-primeiro-ministro envia carta a António Campos.
O ex-primeiro-ministro José Sócrates escreveu uma carta, na qual acusa o Ministério Público de falta de factos e de provas que permitam alimentar a acusação. Num texto de cinco páginas, considera que o resultado final será sempre um acto de terrorismo de Estado.
Sócrates avança ainda que o processo nasceu para o perseguir, e foi sempre uma caça ao homem. Sobre as informações obtidas pelo Ministério Público das contas bancárias na Suíça, sustenta que em nenhum documento é referido o seu nome.
José Sócrates assume o receio de vir a ser condenado, mas, passados cinco meses de ser detido, interroga-se sobre que crime cometeu, acrescentando que não cometeu crime algum.
Suspeito de ter recebido luvas em troca de adjudicações de contratos públicos, adianta que a investigação não revela onde e que crimes foram cometidos. José Sócrates referiu que nunca participou em nenhum dos contratos referenciados e defende que o atual Governo adjudicou mais empreitadas ao Grupo Lena do que enquanto esteve em funções.
Na carta dirigida ao amigo António Campos, o ex-primeiro-ministro refere, contudo, que está confiante e que não perdeu a alegria de viver.
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