Lista de Carmona salva por um voto
Aqueles que queriam “criar embaraço e obstáculos à candidatura do professor Carmona e ao partido tiveram ontem [anteontem] a prova de que o que pretendiam não é bem visto no partido”.
Foi desta forma que António Preto, presidente da distrital de Lisboa do PSD, comentou a aprovação, pela margem mínima de um voto, da lista de vereadores de Carmona Rodrigues, candidato independente à Câmara de Lisboa, apoiado pelo PSD.
Depois de quase seis hora de reunião, foram 19 votos favoráveis a Carmona, 18 contra e duas abstenções. António Preto desvalorizou a diferença mínima e comparou-a até com a lista de Fernando Seara à Câmara de Sintra, em 2001, que também viu a ratificação salva por um voto de vantagem. E afirmou não ter “dúvida de que 90 por cento dos militantes de Lisboa se revêem na candidatura do professor Carmona”.
Apesar de descrever o ambiente vivido na reunião como “normal”, fonte da distrital explicou ao CM o desagrado que dominou a votação e os motivos que justificaram um número tão elevado de votos contra: “Foram escolhidas pessoas sem currículo e sem experiência profissional. A Câmara de Lisboa é quase um Governo, não é uma coisa para amadores”, sublinhou. A inclusão de seis presidentes de secção na lista de vereadores, três dos quais em lugares elegíveis, numa candidatura “supostamente independente”, foi outro dos pontos de discórdia.
Segundo a mesma fonte, trata-se de “uma candidatura independente que leva com todas as imposições da direcção nacional e da distrital”.
Os nomes de “dissidentes” de outros partidos, como Fontão de Carvalho, que esteve num Executivo PS, e Pedro Feist, ex-vereador do CDS, também mereceram reparos na reunião, a par do nome de Marina Ferreira, imposta pela direcção nacional e que é considerada uma “desconhecida” no panorama político .
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