Luta por vitória e estabilidade

Orçamento e apelo ao voto útil aquecem partidos.

20 de setembro de 2015 às 04:00
20-09-2015_03_34_16 281.jpg Foto: Ricardo Almeida e Mário Cruz/Lusa
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É o tudo por tudo até dia 2 de outubro. O período oficial de campanha para as legislativas começa este sábado, e tanto a coligação Portugal à Frente como o PS aumentam a pressão para garantir um único objetivo: vitória clara. A coligação Portugal à Frente não usa a expressão, mas pede estabilidade. Já o PS, pela voz do seu líder, António Costa, recupera a palavra que selou o fim da liderança de António José Seguro no largo do Rato, após as europeias.

"Quem ganha por poucochinho só pode fazer poucochinho", disse este sábado Costa em Odivelas. Mais à frente, em Queluz, foi levado em ombros e fez o apelo ao voto no "partido da mãozinha", expressão do tempo de Mário Soares para não haver equívocos na hora de votar, num piscar de olhos ao eleitorado do centro.

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Do outro lado da barricada, em Ourém, depois de uma manhã dedicada à agricultura com direito a um brinde, Passos voltou a atacar Costa, a sustentar que quem não viabiliza um orçamento se perder está a "votar contra Portugal". Segundo o primeiro-ministro, "uma coisa é termos uma visão diferente, propostas diferentes do que queremos fazer, outra é achar que só temos sorte se o País estiver suficientemente mal e tiver azar" para que as propostas vinguem e sejam aceites.

Numa altura em que as sondagens não dão margem para a maioria absoluta de nenhum partido, Costa pediu "vitória clara", isto é "em mandatos e número de votos" para evitar querelas constitucionais em Belém.

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Passos Coelho foi ainda mais cauteloso: não falou em cenários pós-eleitorais, nem quis comentar as sondagens. Preferiu destacar a subida de rating da Standard & Poor’s, agência a quem o Estado deixou de pagar serviços em 2014.

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