Marcelo diz que "no momento oportuno" fará as pazes com o filho
Presidente da República cortou relações com Nuno Rebelo de Sousa aquando do polémico 'caso das gémeas'.
Dois anos passados sobre o caso das gémeas, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu fazer as pazes com o filho Nuno, "em momento oportuno". De visita ao Barreiro, onde almoçou e cumpriu a tradição de beber uma ginjinha, o Presidente da República classificou o período dessa polémica como o de "um ataque muito forte" à sua figura.
As ponderações de Marcelo Rebelo de Sousa surgiram a propósito de uma questão dos jornalistas sobre qual foi para si o período mais difícil da sua presidência. O chefe de Estado respondeu que essa 'honra' teria de ser dada aos anos da pandemia.
"Os piores anos foram a pandemia. Ter de declarar duas vezes estado de emergência e ter de o renovar mais duas vezes… Era um problema de consciência. As pessoas aguentaram muito bem ao início, mas com o passar do tempo já tinham dificuldades", afirmou Marcelo, descrevendo o período da Covid-19 como "o mais difícil de resolver, politicamente, e o mais doloroso em termos de decisão".
Quanto a 2023, Marcelo disse tratar-se de uma tempestade perfeita, onde a polémica associada à sua alegada intervenção no processo das gémeas de nacionalidade brasileira, que tiveram a tratamentos de quatro milhões de euros no Hospital de Santa Maria.
"A 7 de novembro o PM pedia a demissão, há uma crise política, e ao mesmo tempo existe um ataque muito forte, ou pelo menos um ambiente muito pesado sobre o Presidente", recordou.
Marcelo falou ainda do custo pessoal que este caso teve para si, nomeadamente no que toca à relação com Nuno Rebelo de Sousa. "No momento oportuno isso acontecerá", disse, instado a revelar se já tinha reatado o contacto com o filho.
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