Marcelo diz que "o primeiro interessado na valorização dos bombeiros é Portugal"
Presidente da República destacou a importância do congresso deste grupo profissional porque é agora que se prepara a próxima época dos incêndios.
O Presidente da República defendeu este sábado que os portugueses são os primeiros interessados na valorização dos bombeiros e destacou a importância do congresso deste grupo profissional porque é agora que se prepara a próxima época dos incêndios.
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas no final da sessão solene que comemorou os 40 anos da Mesquita Central de Lisboa, tendo sido questionado sobre a importância do 45.º Congresso da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), que decorre este fim de semana em Alcobaça, distrito de Leiria.
"O primeiro interessado na valorização dos bombeiros é Portugal, são os portugueses, é a sociedade portuguesa, é o Estado português, são as autarquias. Por isso é que o congresso também é importante", defendeu.
Segundo o Presidente da República, além de ser eletivo, este congresso servirá para uma "reflexão dos bombeiros, uma peça essencial na sociedade portuguesa".
"É um congresso importante porque sabemos que os bombeiros consideram que se prepara o próximo ano de incêndios com antecedência e que têm propostas sobre o estatuto próprio e sobre o seu papel. É no inverno, é agora, que se prepara bem a primavera, o verão e o outono do ano que vem", observou, considerando que esta reunião magna deve ser acompanhada "com todo o interesse".
O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), António Nunes, afirmou hoje que o Congresso deve ser um ponto de viragem para o setor, que exige a valorização das carreiras e a dignificação das associações.
"A missão dos bombeiros portugueses é demasiado nobre para ser refém de constrangimentos ou da indiferença", afirmou António Nunes no discurso inaugural do 45.º Congresso Nacional da LPB.
A LBP reivindica medidas relativas ao financiamento das corporações, carreiras e apoios ao voluntariado, temas em destaque nas 16 moções que serão discutidas ao longo dos dois dias de congresso, que reúne elementos do comando e direção das associações humanitárias de todo o país.
Apelidado hoje como "o congresso da afirmação", no encontro poderão ser decididas ações de protesto, que podem passar por manifestações de rua junto dos órgãos de soberania ou a deposição de capacetes na escadaria da Assembleia da República e um bloqueio em que durante alguns minutos os bombeiros não saem do quartel para ocorrências.
Fazem parte da Liga as 436 associações humanitárias de bombeiros existentes no país.
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