Marcelo e MNE português saúdam a libertação de reféns e o "fim do terror absoluto"
Hamas libertou esta segunda-feira os 20 reféns vivos mantidos em Gaza.
O ministro de Estado e Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel, aplaudiu esta segunda-feira a libertação de reféns tomados em Israel há dois anos pelo movimento islamista palestiniano Hamas, saudando "o fim do terror absoluto".
"Portugal saúda a libertação de todos os reféns e o fim do terror absoluto a que foram sujeitos. Destaca os cidadãos nacionais ou com ligação a Portugal e associa-se à alegria e alívio das suas famílias. Um ato da mais pura justiça que é também um passo indispensável para a Paz", disse.
Rangel escreveu esta mensagem na sua página oficial de chefe da diplomacia lusa na rede social X.
O presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, e o seu homólogo da Autoridade Nacional Palestinina (ANP), Mahmoud Abbas, vão ser recebidos pelo congénere egípcio, Abdel-Fattah el-Sissi, numa cimeira formal pela Paz naquela região do Mundo, na estância balnear Sharm el-Sheikh.
Naquele encontro vão estar representantes de mais de 20 outros países, incluindo o antigo primeiro-ministro português e presidente do Conselho Europeu, António Costa.
Marcelo Rebelo de Sousa
O Presidente da República também saudou a libertação dos reféns israelitas em Gaza, entre os quais referiu que há nacionais portugueses, e disse esperar que se concretizem os passos seguintes do plano de paz.
O Hamas libertou esta segunda-feira os 20 reféns vivos mantidos em Gaza, sete dos quais ao início da manhã e os restantes 13 foram libertados algumas horas depois, que foram entregues à Cruz Vermelha Internacional.
Numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa "saúda a libertação dos reféns israelitas em Gaza, entre os quais nacionais portugueses", sem indicar quantos, "sublinhando a importância deste primeiro passa a caminho de um paz justa e duradoura".
A troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos foi acordada na semana passada durante as negociações que decorreram igualmente no Egito, sob patrocínio também de EUA, Turquia, Qatar e Arábia Saudita.
Israel deverá libertar mais de 1.900 prisioneiros palestinianos como parte do plano gizado por Trump.
Os 20 reféns, todos homens, reuniram-se com os familiares e vão ser depois ser submetidos a exames médicos.
O atentado do Hamas causou a morte de 1.219 pessoas, na sua maioria civis, incluindo mulheres e crianças, de acordo com uma contagem da agência noticiosa francesa AFP.
Em resposta, Israel lançou uma campanha militar em Gaza que, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, causou mais de 67 mil mortes, também na sua maioria civis, e causou um desastre humanitário, incluindo a morte à fome de muitas crianças.
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