Marcelo não comenta cartazes de Ventura para não interferir na campanha

Em causa estão cartazes da candidatura de André Ventura, também líder do Chega, em que se lê "Isto não é o Bangladesh" e "Os ciganos têm de cumprir a lei".

28 de outubro de 2025 às 18:51
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa Foto: Rodrigo Antunes/Lusa_EPA
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, escusou-se esta terça-feira a comentar os cartazes do candidato presidencial André Ventura com referências à comunidade cigana e ao Bangladesh, alegando que não quer interferir na campanha eleitoral.

"Não vou comentar a campanha eleitoral (...). Na campanha eleitoral, cada partido acaba por tomar as suas iniciativas e o Presidente da República não comenta, porque se comentasse passava a ser parte da campanha eleitoral", referiu, em declarações aos jornalistas numa escola em Vila Verde, onde deu uma aula sobre participação cívica dos jovens.

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Em causa estão cartazes da candidatura de André Ventura, também líder do Chega, em que se lê "Isto não é o Bangladesh" e "Os ciganos têm de cumprir a lei".

"O Presidente da República tem de ser neutral e, então, ainda por cima (...), numa eleição presidencial que é a eleição do sucessor. Estar a dizer o que quer que seja, o comentário de um dos candidatos a candidato, era a pior ideia do mundo", rematou Marcelo.

Os cartazes em causa, colocados recentemente pelo país, têm sido alvo de várias críticas e oito associações ciganas anunciaram que vão apresentar queixa no Ministério Público e ponderam avançar com uma providência cautelar para que sejam retirados.

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O PS também apelou do líder intervenção do Ministério Público para aplicar eventuais sanções por causa dos cartazes.

Nesta deslocação em Vila Verde, Marcelo Rebelo de Sousa escusou-se igualmente a pronunciar-se sobre a lei da nacionalidade, por ainda não ter chegado a Belém.

"Não tenho a lei da nacionalidade. Tenho de esperar, depois veremos", referiu.

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