Marcelo: PSD deve ter "campanha de afetos" nas legislativas
Comentador político defende objetivo de "partilhar o que são os sentimentos das outras pessoas".
Marcelo Rebelo de Sousa aconselhou este sábado o PSD a apostar, nas próximas eleições legislativas, numa "campanha de afetos" e de "empatia" que contraste com o perfil "racional" e "frio" do líder socialista António Costa.
"Nós temos de fazer uma campanha de afetos", defendeu Marcelo, gracejando que, embora "adore a ideia de andar a beijar o eleitorado feminino", aquilo a que se refere é a "partilhar o que são os sentimentos das outras pessoas", usando a seu favor o perfil pouco "empático" do líder do PS.
Apontando os próximos dois anos como "fundamentais para a vida do país, mas também para a vida do partido [social democrata]", Marcelo Rebelo de Sousa descreveu as eleições legislativas de outubro como a "escolha" entre "uma solução que poupe ao país dois anos, dois anos e meio perdidos, ou uma solução que é um adiamento por dois anos, dois anos e meio daquilo que é preciso fazer".
António Costa "não é um homem de afetos"
"O António Costa parece que é, mas não é um homem de afetos. O António Costa engana, é um racional, um frio, ele não é empático e nós temos essa sorte. Nós temos que ser empáticos nesta campanha", sublinhou Marcelo, acrescentando: "Se alguém pode falar em termos de coração somos nós e o CDS e não o PS".
Falando na Maia, durante um almoço promovido pelo PSD local para homenagear os militantes com 40 anos de filiação, o comentador político apontou, ainda, "dois alvos essenciais nestas eleições: as mulheres e os jovens".
"Os jovens porque são disponíveis, não têm inércia e vinculação ao voto, as mulheres porque têm intuição e uma grande sensibilidade na perceção do que é sensato e prudente e o nosso discurso é o da prudência e da sensatez, enquanto o do outro lado é o do risco e da aventura", sustentou.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt