Mariana Leitão evita comentar apoio do PSD a ex-autarca comunista
Em Setúbal, o PSD não apresenta nome próprio e preferiu apoiar a antiga presidente da Câmara Maria das Dores Meira que tentou, há quatro anos, ganhar Almada para a CDU.
A líder da Iniciativa Liberal evitou este domingo, mais uma vez, criticar a posição autárquica do PSD, desta vez em Setúbal, onde os liberais concorrem com um candidato próprio, contra uma antiga autarca comunista, apoiada pelos sociais-democratas.
A caravana liberal, liderada por Mariana Leitão, tem circulado por concelhos onde a IL concorre isolada ou em coligação (quase sempre com o PSD como partido preferencial) e, com exceção de Oeiras, onde a presidente da IL foi deputada municipal, a líder têm-se escusado a comentar as escolhas sociais-democratas.
Em Setúbal, o PSD não apresenta nome próprio e, numa decisão criticada por parte da estrutura local, preferiu apoiar a antiga presidente da Câmara Maria das Dores Meira, então militante comunista que tentou, há quatro anos, ganhar Almada para a CDU.
A gestão financeira de Dores Meira foi visada numa auditoria camarária, mas Mariana Leitão preferiu, no mercado de Setúbal, focar o seu discurso nas qualidades que diz ter o seu candidato, Flávio Lança.
"Todas as situações de autarcas que não têm um comportamento à altura daquilo que deve ser a sua atuação, nós criticamos e condenamos", mas "agora se o PSD toma essas opções, é um problema do PSD" e "os eleitores têm a oportunidade no dia 12 de mostrar a sua indignação com essa opção", disse.
Já "nós, em todos os municípios onde concorremos, concorremos com uma crença que é apresentar soluções para resolver os problemas das pessoas, seja aqui em Setúbal com a nossa candidatura própria, sem seja em Lisboa [com o social-democrata Carlos Moedas], numa coligação onde conseguimos incluir propostas liberais que vão fazer a diferença na vida dos lisboetas", justificou Mariana Leitão.
A disputa eleitoral em Setúbal é imprevisível, com o atual militante dos Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV) André Martins a tentar o seu segundo mandado, contra Dores Meira (de quem foi vice-presidente no passado) que lidera um movimento de independentes e contra o deputado socialista Fernando José, que tem como mandatário Carlos Sousa, o antigo autarca de Setúbal e Palmela que foi afastado pelo PCP por ter ligações aos renovadores do partido.
Pelo Chega, concorre António Cachaço que substituiu, em agosto, a primeira da lista, a antiga deputada social-democrata Lina Lopes, que se queixou de ser vítima de chantagem e de uma campanha de difamação.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt