Mariana Mortágua diz que aguarda com "muita tranquilidade" fatura sobre regresso a Portugal

Líder do BE voltou a criticar o Governo por ter considerado "mais importante informar a imprensa daquilo que ia fazer do que informar os próprios daquilo que queria fazer e das suas razões".

10 de outubro de 2025 às 12:03
Mariana Mortágua comenta custos de regresso de ativistas da flotilha a Portugal Foto: Paulo Cunha/Lusa_EPA
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A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, diz que aguarda com "muita tranquilidade" a notificação do Governo português para pagar os custos do seu regresso ao país depois de integrar as embarcações da flotilha humanitária de ajuda a Gaza.

"Estamos à espera dessa notificação, com muita tranquilidade. Achamos que esse não é o tema. Se queremos falar sobre a Palestina, vamos falar sobre o sofrimento do povo palestiniano e a grandeza dos movimentos de solidariedade", disse Mariana Mortágua que falava aos jornalistas no Porto numa ação de rua dedicada às eleições autárquicas que se realizam domingo.

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A líder bloquista foi questionada sobre se já recebeu a notificação e se conhece os custos da viagem de regresso a Portugal após ter estado detida em Israel juntamente com a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves, tendo dito que tem estado mais atenta à campanha eleitoral.

"Tenho estado em campanha e, portanto, da mesma forma que tive dificuldade em ler o Orçamento do Estado porque o senhor primeiro-ministro e o Governo decidiram apresentá-lo antecipadamente para evitar que a campanha fosse sobre os negócios mal explicados do primeiro-ministro, também tenho tido dificuldade em verificar a cada segundo se recebo notificações do Ministério dos Negócios Estrangeiros", respondeu.

Mariana Mortágua voltou a criticar o Governo por ter, disse a coordenadora do Bloco de Esquerda, considerado "mais importante informar a imprensa daquilo que ia fazer do que informar os próprios daquilo que queria fazer e das suas razões".

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A informação segundo a qual os ativistas terão de pagar os custos do repatriamento foi avançada pelo Correio da Manhã e confirmada por diversos órgãos de comunicação social junto do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Os quatro portugueses que fizeram parte da flotilha Global Sumud aterraram no passado domingo, por volta das 22h30, no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, onde eram aguardados por familiares e apoiantes pró-Palestina.

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, a atriz Sofia Aparício e os ativistas Miguel Duarte e Diogo Chaves estavam detidos, em Israel, depois das forças israelitas terem intercetado as cerca de 50 embarcações da Flotilha Global Sumud, que pretendia entregar ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

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