Marques Mendes defende ser 'não questão' explicações ao Irão sobre as Lajes
Sobre o conflito no Médio Oriente admitiu que o "risco é enorme" e que todas as partes "devem fazer um esforço para baixar a tensão".
O candidato à Presidência da República, Marques Mendes, considerou esta segunda-feira no Porto uma não questão Portugal ter de dar esclarecimentos ao Irão pelo uso, pelos Estados Unidos, da Base das Lajes, nos Açores.
Em declarações à margem da festa de São João promovida pela Câmara do Porto e, o candidato desdramatizou o acento tónico colocado pelo embaixador do Irão, Majid Tafreshi, que disse esta segunda-feira que vai pedir esclarecimentos ao governo português sobre a utilização da Base das Lajes.
"Isso é uma falsa questão. Toda a gente sabe que há décadas há um acordo que permite que os americanos usem a Base das Lajes. Isso já é público e é notório. Quer dizer, o embaixador do Irão pode fazer aquilo que entender, mas não pode mudar os factos", acrescentou Marques Mendes.
Sobre o conflito no Médio Oriente admitiu que o "risco é enorme", razão para que "todas as partes, os Estados Unidos, Europa, o Irão e o mundo árabe, devam fazer um esforço para baixar esta tensão".
"Acho que é clarinho que o Irão não pode ter armas nucleares. Agora, a forma mais eficaz e mais segura de resolver este problema é provavelmente pela via da negociação, pela diplomacia, envolvendo as várias partes, mas também com a ajuda da União Europeia, dos países árabes moderados, porque são pacificadores", continuou.
Apelando a um "grande esforço" conjunto, Marques Mendes salientou que a sua posição sobre o conflito "é, em grande medida igual à da União Europeia no sentido de defender uma solução negociada, por via da diplomacia".
"O caminho não pode ser pela via da violência, tem que ser por via da diplomacia", insistiu o candidato.
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