Marques Mendes é o campeão da riqueza entre os candidatos a Belém
Candidato apoiado pelo PSD declarou em 2023 quase meio milhão de euros.
Os candidatos presidenciais ainda não entregaram a declaração de rendimentos e património ao Constitucional, mas a consulta feita pela 'Sábado' a declarações anteriores permite perceber que Marques Mendes é quem tem a melhor vida financeira.
O candidato apoiado pelo PSD tem as suas declarações atualizadas, visto que é membro do Conselho de Estado. Em 2023 declarou 492 mil euros em rendimentos do trabalho, da pensão e de uma sociedade familiar, a qual “será dissolvida e liquidada nas próximas semanas”, segundo disse à 'Sábado'. Só como consultor da Abreu Advogados recebeu 413 mil euros em 2023 e no ano seguinte 296 mil euros. Como comentador da SIC (onde esteve de 2013 até ao início deste ano) auferiu perto de 8 mil euros mensais, de acordo com uma notícia de 2019 da 'Sábado'. Também em 2023 recebeu 30 mil euros de um grupo privado de saúde, no qual era presidente da mesa da assembleia-geral. Caso seja eleito chefe de Estado, irá receber menos 232 mil euros anuais brutos, face ao que ganhou em média nos últimos anos.
Já Cotrim de Figueiredo, que em contraponto com Marques Mendes trocou a vida empresarial pela política, tem uma carteira de investimentos no BCP na ordem dos 961 513 mil euros. O liberal recebe um salário de eurodeputado de mais de dez mil euros mensais, acrescido de ajudas de custo que chegam perto dos cinco mil euros. Tem ainda um negócio de Alojamento Local (AL), tal como outros dois candidatos, Gouveia e Melo e António José Seguro. O ex-chefe da Armada tem a casa paga e uma conta à ordem com 55 mil euros, não retirando proveitos do AL.
Com um perfil ainda mais conservador na gestão do seus rendimentos, André Ventura é o único sem casa própria, visto que a casa onde reside, situada num condomínio privado no Parque das Nações, está em nome da mulher. O líder do Chega mantém toda a sua poupança (122 mil euros) numa conta à ordem. Já o candidato apoiado pelo PS, António José Seguro, que está afastado da vida política há mais de dez anos, não tem uma declaração de rendimentos atualizada. Nestes anos dedicou-se a dar aulas, abriu uma empresa de exploração turística e comprou uma quota numa consultora de segurança alimentar.
Jorge Pinto, candidato presidencial e deputado do Livre, tem um rendimento anual de 67 317 mil euros e rendimentos resultantes do arrendamento de um T1 no Porto, com poupanças totais de 148 mil euros. A candidata apoiada pelo BE, Catarina Martins, recebe o mesmo que Cotrim como eurodeputada. Na sua declaração referente a 2021 registou menos de metade disso como deputada em Portugal. Tem ainda uma quota numa sociedade que explora AL rural.
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