Ministro das Infraestruturas responde a revogação de licença da TAP pela Venezuela e diz que "Portugal não cede a ameaças"

Ministério dos Transportes venezuelano acusa companhias de "se juntarem às ações de terrorismo do Estado promovidas pelo Governo dos EUA". Pinto Luz aponta que Portugal é "um país livre".

27 de novembro de 2025 às 10:50
Miguel Pinto Luz Foto: Tiago Petinga/Lusa
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O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, já veio reagir ao revogar das licenças de operação de várias companhias aéreas internacionais por parte da Venezuela, incluindo a empresa portuguesa. "O Governo de Portugal não cede a ameaças, ultimatos ou pressões de qualquer natureza", escreveu na rede social X. "A nossa atuação é guiada exclusivamente pelo superior interesse nacional e pela defesa intransigente da segurança dos portugueses — em qualquer parte do mundo", escreveu o ministro esta quinta-feira. 

"Em matéria de aviação civil, como em todas as áreas estratégicas, Portugal respeita as regras internacionais, as melhores práticas de segurança e a coordenação com as autoridades aeronáuticas competentes. É isso que garante a proteção dos passageiros, das tripulações e das nossas companhias aéreas", prossegue Pinto Luz. 

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O ministro das Infraestruturas referiu ainda que "Portugal é um país livre, soberano e responsável". "Agiremos sempre com serenidade, firmeza e sentido de Estado - protegendo os nossos cidadãos, defendendo as nossas instituições e afirmando, sem hesitações, a dignidade do país", finalizou o Pinto Luz. 

A ordem de revogação foi publicada no Diário da República da Venezuela, sendo que o Ministério dos Transportes acusa as companhias aéreas visadas de "se juntarem às ações de terrorismo de Estado promovidas pelo Governo dos Estados Unidos", estão assim suspensas "todas as operações comerciais aéreas de e para a Venezuela", cita o jornal espanhol El País.

A TAP anunciou o cancelamento dos voos de sábado e de terça-feira para a Venezuela, na sequência da informação das autoridades aeronáuticas dos Estados Unidos sobre a situação de segurança no espaço aéreo do país, de acordo com o indicado pela empresa. Numa nota emitida, a companhia explica que a decisão "decorre de informação emitida pelas autoridades aeronáuticas dos Estados Unidos da América, que indica não estarem garantidas as condições de segurança no espaço aéreo venezuelano, nomeadamente na zona de informação de voo Maquetia".

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Fonte oficial da companhia já havia confirmado ao CM que "o espaço aéreo não é seguro", aquando do cancelamento de um voo para Caracas no dia 22 de novembro.

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