Moção de censura do PCP salva Governo
Socialistas vão votar contra, mas nem todos concordam no partido.
O PCP entregou este domingo no Parlamento a moção de censura ao Governo. O documento, em que acusa Luís Montenegro de “promiscuidade entre o exercício de cargos políticos e interesses particulares”, ‘salvou’ o Governo de avançar com uma moção de confiança, permitindo que se mantenha no poder, já que o PS anunciou votar contra.
A posição foi transmitida pelo ministro das Finanças, Miranda Sarmento, que assinalou na RTP que o chumbo de duas moções de censura significa que o “Parlamento entende que o Governo pode continuar a governar”.
Este domingo , o PS foi pressionado a avançar com uma censura ao Executivo. O eurodeputado socialista Francisco Assis desafiou Pedro Nuno Santos a tomar a iniciativa, alertando que “qualquer meio-termo significará a opção pelo pântano fétido”.
Já José Luís Carneiro, ex-ministro e candidato derrotado à liderança do PS, afirmou que a declaração ao País do primeiro-ministro “constitui um fator de desprestígio das instituições democráticas” por “não ter havido coragem para assumir a responsabilidade” e hesitar na apresentação de uma moção de confiança.
Pelo Governo, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, desafiou a oposição a deixar o Executivo trabalhar, depois de Montenegro ter dado “um sinal de estabilidade, que não pode ser uma estabilidade podre”, pedindo aos restantes partidos que “assumam as suas consequências”.
Pelo Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua afirmou que “nada disto é normal” e que o primeiro-ministro “não pode brincar com ameaças de moções de confiança, num claro jogo político que descredibiliza o Parlamento”.
E TAMBÉM
AUDIÊNCIA COM MARCELO
O Livre pediu este domingo uma audiência ao Presidente da República, por acreditar que está em causa o “normal funcionamento das instituições”. Para o líder do partido, Rui Tavares, o “Governo não está nem morto nem vivo” e que Marcelo Rebelo de Sousa “tem a competência institucional para decidir o que fazer”.
PPM dá “apoio total”
O PPM, um dos partidos da Aliança Democrática(AD), declarou “apoio total” ao Governo e pediu que se evite uma crise política “absolutamente injustificada”.
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