“Não gostei de ver”: Montenegro sobre operação no Martim Moniz
Primeiro-ministro recusa qualquer “desrespeito pela dignidade das pessoas”.
“Não gostei de ver”, admitiu o primeiro-ministro sobre as imagens de imigrantes com as mãos encostadas à parede no Martim Moniz. Numa entrevista ao ‘Diário de Notícias’, Luís Montenegro reconheceu que “é uma situação anómala, que não é do dia a dia”.
O chefe do Governo disse não ter “falado com ninguém” sobre a operação, mas não observou “nenhum desrespeito pela dignidade das pessoas” e considerou que a PSP “não tinha alternativa”.
O líder do Executivo reforçou que nunca fez nenhuma “associação entre imigração e insegurança” e que acha “que ela não existe”, mas insistiu que há um “sentimento de insegurança” generalizado em Portugal. “São perceções que todos temos”, sintetizou Montenegro.
Voltou a confessar-se “atónito” por lhe imputarem um “ataque ao Estado social” e reafirmou o empenho do Governo em “salvar” esse mesmo Estado social, uma expressão que já tinha usado na sua primeira mensagem de Natal como primeiro-ministro.
Aos cidadãos nacionais, pediu que olhem “para os imigrantes que nos procuram como novos portugueses”.
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