Narciso enfrenta Justiça

Narciso Miranda, vereador em Matosinhos, Joana Lima, presidente da Câmara da Trofa, e o presidente do Sporting de Braga, António Salvador, estão na mira da Justiça mas não foram constituídos arguidos. Em causa está uma mega-investigação da Polícia Judiciária do Porto a crimes económicos, no âmbito da qual já há 11 arguidos, entre os quais dois funcionários das Finanças. Sobre os restantes, as autoridades apenas garantem que não são figuras públicas.

02 de julho de 2011 às 00:30
NARCISO MIRANDA, JUSTIÇA, MATOSINHOS, INVESTIGAÇÃO Foto: Sónia Caldas
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Ontem, porém, em declarações à Lusa, a coordenadora da 6ª secção do DIAP/Porto, que supervisiona a investigação, admitiu a possibilidade de ainda serem constituídos novos arguidos neste processo de criminalidade económico-financeira envolvendo burlas, crimes informáticos e ilícitos fiscais ou relacionados com a Segurança Social.

Entre os alvos da investigação, que levou a buscas domiciliárias na terça-feira, estão o ex-presidente da Câmara de Matosinhos, a presidente socialista da Câmara da Trofa e o presidente do Sp. Braga. Os dois autarcas são suspeitos de beneficiarem Salvador, que é também proprietário da empresa de construção Britalar. O tipo de benefícios não está esclarecido, mas a direcção do Sp. Braga confirmou as buscas no clube, referindo que o objectivo da PJ foi aceder "a uma lista de convidados para alguns jogos de futebol". Já Narciso Miranda afirma-se inocente mas, de acordo com a investigação, é suspeito de se ter apropriado de milhares de euros, em troca de cargos políticos e empregos em autarquias, entre os quais a da Trofa. Narciso foi apanhado pela investigação em duas escutas telefónicas durante a campanha da sua candidatura independente à Câmara de Matosinhos, em 2009, onde foi derrotado por Guilherme Pinto, do PS.

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